14 de outubro de 2008

Números frios, sangue nos olhos

Há um bom tempo, o Cruzeiro não perde para o Atlético no Campeonato Brasileiro. A última vez foi no longínquo outubro de 2004. De lá pra cá foram cinco vitórias consecutivas comemoradas pela China Azul. Os números são bem o reflexo das administrações dos clubes. Enquanto o Galo descia ladeira abaixo nesse período, a Raposa vendia craques. Ou seja, o time da Toca sempre teve mais elenco.

O atleticano então pode pensar: o Cruzeiro tem mais elenco, então deve vencer novamente! De fato, as chances de um resultado favorável ao time de Adilson Batista são maiores do que uma vitória do Atlético, de Marcelo Oliveira. Mas clássicos não se definem em frios números. Eles são decididos no calor e no desejo de vencer. Assim como o alvinegro fez com o Flamengo, ou da forma que a equipe celeste derrotou o próprio Atlético, na final do Mineiro. Os números ficam apenas no papel.

O torcedor guarda na lembrança em jogos como esse é o que os lutadores (principalmente das artes marciais) costumam demonstrar antes de um confronto. “Sangue nos olhos!” Algo que nesses confrontos é fundamental.

João Paulo Ribeiro escreve às terças-feiras.

2 comentários:

  1. Que venha o "sangue nos olhos", a vontade de vencer, de decidir. Ao meu ver, os clássicos são definidos minuto a minuto durante o jogo. Vence quem está com mais vontade de jogar, o mais ganancioso!

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  2. E mais uma vez perdemos... Tá osso hein João...
    Abraços!

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