27 de agosto de 2009

Dizem que eles ficam!


Diego Tardelli fica e Kleber, também! Os artilheiros, assediados pelo futebol europeu, seguem em Minas. A janela de transferência só se fecha no fim do mês, mas os dirigentes de Atlético e Cruzeiro já garantiram que os goleadores não vão embora.

As torcidas pediram a permanência dos ídolos e os clubes pediram muito dinheiro pelo futebol dos atacantes. Ninguém pagou o preço. Mas agora, os artilheiros vão ser cobrados dentro de campo e precisam fazer valer, com gols, cada centavo dos milhões de reais que Alexandre Kalil e Zezé Perrella abriram mão para segura-los.

O gladiador celeste já pode começar a “retribuir” a partir de hoje, diante do Botafogo, no Rio de Janeiro. No último jogo do Cruzeiro, Kleber foi poupado e não fez falta. O ataque funcionou perfeitamente contra o Náutico e, mesmo sem o companheiro, Wellington Paulista fez logo três. Mas Kleber pode mostrar que bom sem ele, melhor ainda com ele.

Já o goleador alvinegro volta a campo no domingo, diante do Sport, no Mineirão. Sem vencer há cinco partidas (incluindo a Sul-Americana ontem), o Galo joga com a obrigação de vencer em casa e a cobrança em cima do artilheiro não vai ser pequena. Coincidentemente, o último gol marcado pelo atacante foi na última vitória do Atlético, contra o Coritiba, no dia dois de agosto. Tardelli precisa encerrar o jejum pessoal para acabar com o jejum da equipe.

Josy Alves é editora de Esportes

25 de agosto de 2009

Emoção x Razão - um clássico


Sempre pelo Twitter, Alexandre Kalil manda um recado para a torcida: Tardelli Fica, apesar da investida do Saint-Ettiene da França. O presidente deve estar orgulhoso da própria bravata.
Na Toca da Raposa, Zezé Perrella fala pra quem quiser escutar: uma boa oferta , capaz de fazer brilhar seus olhinhos miúdos, vai levar o ídolo da torcida. O caminho de Kléber deve ser o Porto de Portugal.


Racional Perrela.
Emocional Kalil.

Quem está certo nesta história, torcedor mineiro ?


Corte

Uma pesquisa da Casual Auditores Independentes mostra que a venda de jogadores ainda é a principal fonte de receita dos grandes clubes de futebol do Brasil (28% do total, a bilheteria está em último com 11% - os dados são de 2008)
A mesma pesquisa mostra que o Atlético fechou 2008 no vermelho, 36 milhões de reais negativos. O Cruzeiro também fechou no vermelho, 17 milhões negativos. mas investiu muito no futebol.

Corte.

em 2009, o Cruzeiro apostou na conquista da Taça libertadores. Montou um time para isso. Fez tudo como o planejado. ninguém duvidava do sucesso da empreitada. Mas por um detalhe, um jogo mal jogado, deu errado... o ano estava perdido. E agora sem sonhar com título a diretoria pensa em orçamento. Ano que vem tem mais. Kléber é um bom jogador mas, mais do que isso, é um grande negócio.

Já o Atlético montou um time para disputar o campeonato brasileiro, não o título. Deu sorte, chegou à liderança, mas perdeu o fôlego e está vendo a bola de seu artilheiro Tardelli esvaziando aos poucos. Mas o clube perdeu a chance de vendê-lo na alta, oxigenado temporariamente pela convocação para a seleção.

Tardelli fica. Kléber vai.
Quem está certo nesta história torcedor mineiro ?

O baile do futebol

(Foto do blog "Falando de Dança")

Quem disse que futebol não dá samba? No campeonato de pontos corridos, tem dançarinos para todos os gostos. Tem time que samba bem, não perde o passo e mostra o rebolado dentro do seu quadrado, também chamado de G4.

Tem time que não sai de um outro quadrado, a zona de rebaixamento. Sabe que, se não aprender a dançar logo conforme a música,vai ter que exibir os dotes em outro baile.

Tem time que não gosta de samba. Prefere o forró. Fica assim: dois pra lá, dois pra cá. Sobe e desce lá no meio da tabela e, no fim das contas, fica no mesmo lugar.

Tem time que aprendeu o tango. Vem dando passos largos, bonitos, com poucos erros. E, de um dos últimos colocados, foi colocar a perninha lá na frente, no G4.

Tem time que dançou bem no começo da coreografia e depois parece que esqueceu o passo. Na dança, um escorregão fica feio, mas até pode ser perdoado. Já vários tropeços juntos podem tirar o dançarino do grupo principal. É preciso encontrar logo o equilíbrio, porque a concorrência é grande.

Tem time que parecia não ter o menor jeito para a coreografia deste ano. Mas dançarino que se preza tem que se entregar aos treinos para tentar voltar a encher os olhos da platéia... que não se contenta com um ou outro passinho bonito. Quer uma seqüência de belos movimentos.

No fim do ano a gente descobre qual coreografia, qual tipo de dança, qual dançarino e qual corpo de baile vão levar a melhor. E a pior também.

Carol Delmazo faz "De Salto Alto", do Meio de Campo, é repórter e adora dançar.

FC Porto fecha cerco a Kléber


Por Carlos Pereira Santos e Paulo Horta

Pode ficar fechado por 7,5 milhões mais Leandro Lima; Ordenado de 1,2 milhões/ano.

O FC Porto está próximo de garantir o avançado Kléber, do Cruzeiro, num negócio que deverá envolver o pagamento de 7,5 milhões euros aos brasileiros e o passe de Leandro Lima (apresentado no clube de Belo Horizonte, como emprestado).

O contrato a assinar com Kléber prevê um ordenado líquido para o jogador na ordem dos 100 mil euros por mês, à partida enquadrável na política salarial defendida pelos portistas.

Do cerco do FC Porto a Kléber também se fala no Brasil, onde esteve nos últimos dias o conhecido empresário António Araújo, mas nem o representante de jogadores, nem o FC Porto têm transpirado sinais de abordagem ao atacante.

Os media brasileiros já deram conta de uma proposta rejeitada pelo Cruzeiro e de uma segunda ronda negocial.

Kléber, por lesão, não jogou anteontem frente ao Náutico.

http://www.abola.pt/

Celso Roth relaciona 25 atletas para a Sul-Americana

A estreia do Galo na competição será às 21h50 desta quarta-feira, contra o Goiás, no Mineirão. A partida de volta será em 16 de setembro, no Serra Dourada. Confira a lista:

1 - Bruno (Goleiro)
2 - Marcos Rocha (Lateral-direito)
3 - Alex Bruno (Zagueiro)
4 - Thiago Cardoso (Zagueiro)
5 - Paulinho (Volante)
6 - Wellington Saci (Lateral-esquerdo)
7 - Alan (Volante)
8 - Tchô (Meia)
9 - Pedro Oldoni (Atacante)
10 - Renan Oliveira (Meia)
11 - Rentería (Atacante)
12 - Aranha (Goleiro)
13 - Felipe (Lateral-direito)
14 - Chiquinho (Meia)
15 - Sheslon (Lateral-direito)
16 - Diego (Zagueiro)
17 - Márcio (Zagueiro)
18 - Gabriel (Meia)
19 - Giovani (Meia)
20 - Diney (Volante)
21- Alessandro (Atacante)
22 - Renan (Volante)
23 - Júnior (Meia)
24 - Rafael Jataí (Volante)
25 - Renan Ribeiro (Goleiro

A Conmebol determina que a numeração vai, obrigatoriamente, de 1 a 25. Por isto, a camisa 12, aposentada pelo cube em homenagem à torcida, vai ser usada pelo goleiro Aranha.

23 de agosto de 2009

Quando vai começar a reação atleticana?

Alexandre Kalil no Twitter. Último post anuncia a volta de Coelho.

O declive acentuado que o Atlético atravessa está em busca de culpados. Não, não se pode acusar o treinador desta vez. Celso Roth não é nenhum Telê Santana mas o Atlético também não é nenhuma seleção de 82.

A torcida então nem pensar. É , de longe, o nome do jogo, o destaque do campeonato. 40 mil torcedores por partida. A maior do Brasil.

Seria então a linha ofensiva? Tá frio. O time fez mais gols do que o São Paulo...Não se pode culpar Tardelli, Éder Luís, Júnior, Renan Oliveira, e os outros...

Quem sabe os goleiros? Bem....tá esquentando... Juninho, Aranha, Bruno e Edson. Quatro homens e nenhum destinado a ser o dono absoluto da camisa 1.

E que tal a linha defensiva: Welton Felipe, Marcos Rocha, Alex Bruno, Marcos, Thiago Feltri, Jonilson, Renan, Márcio Araújo, etc... Bem essa turma realmente está devendo. Tomou 28 gols em 21 jogos. Não é estatística de um campeão.

E o presidente ? Alexandre Kalil, dono do twitter mais popular de Minas Gerais, Será que se arrependeu de recusar uma proposta de 9 milhões de euros por Diego Tardelli ?

Ele não posta uma mensagem desde o último dia 16. Seus seguidores e toda a torcida do Atlético esperam que sua próxima manifestação responda a pergunta lá em cima...

Túlio Ottoni é diretor de jornalismo da Rede Minas.

20 de agosto de 2009

Futebol do Rio em queda livre


O futebol carioca está prestes a pagar a dívida que tem na contabilidade nacional, resultante de favorecimentos nas arbitragens ao longo dos anos – que o digam Atlético e Cruzeiro – , politicagem nas instâncias administrativas do esporte e paparicação da mídia dita nacional, que prefere destacar a convocação de Adriano para a Seleção ao fato de o Flamengo estar em queda livre e consistente na tabela.

O futebol do Rio abre o returno com dois times na zona da degola e o Flamengo olhando para a parte de baixo da tabela. A Cruz de Malta anda na segunda divisão, lutando contra times menores, gramados ruins e jogos em dias esquisitos.

A abertura do returno mostra que o roteiro do Brasileirão ainda aguarda um desfecho. Esse Palmeiras aí não tem nada de especial, algo que se pode afirmar do G4 inteiro e, de resto, da primeira página da tabela. Claro que os paulistas são favoritos - têm dinheiro, organização e o único campeonato regional que vale alguma coisa, revelando jogadores e preparando para a temporada.

Para os mineiros, a rodada evidencia que o Galo de verdade é candidato, no máximo, a Libertadores, assim como o Cruzeiro pode mostrar contra o Náutico, na zona de rebaixamento, que ainda tem chances de lutar por uma vaga no torneio continental.

Nas próximas rodadas, os times com jogos a menos – Internacional, Atlético, Cruzeiro, Santos e Botafogo – igualam o número de partidas dos adversários. Aí as ilusões viram fumaça. Cortesia da fórmula de pontos corridos. Quem gosta de ficção que mude de canal.

Alexandre Freire

O Coelho voltou


E não estou falando do América-MG. É o lateral-direito que já passou pelo Galo e já no ano passado mostrava falta de fôlego. Alexandre Kalil anunciou a contratação há cerca de meia hora no twitter. É o Galo de olho no passado.

19 de agosto de 2009

Returno e hora da verdade


Esta postagem é de antes do início da vigésima rodada, largada do returno do Brasileirão. Difícil olhar para a tabela e não ver alguns sinais do que o torcedor pode esperar no final do campeonato.

Se o Goiás, como todo time fora do eixo Sul-Sudeste, terá o ceticismo da maioria até o final da competição, Palmeiras, Internacional e São Paulo mandam do topo da tabela uma mensagem clara, com base na tradição, na camisa e na história. E nunca é demais lembrar, o Inter tem duas partidas a menos!

Falando em jogo a menos, logo a seguir aparece o Galo. O alvinegro é outro cuja fragilidade do grupo e instabilidade do técnico Celso Roth também terá como adversário a dúvida. A partida contra o Avaí no Mineirão, diante do seu camisa 12, a torcida com maior média no turno, dará o tom do que aguarda o primeiro campeão brasileiro – conquista que ameaça virar folclore junto com os títulos honoríficos de 37 e 50.

Ainda na primeira página da tabela (e tomando por pressuposto que quem não está nela só terá papel coadjuvante na competição), aparecem Grêmio, Corinthians e Flamengo, equipes que nunca devem ser subestimadas – também pela tradição, camisa e história.

Janela de transferências se fechando no final do mês, é hora do quem é quem. Para a turma de cima da tabela, é o momento de definir quem tem condições de levantar o cobiçado troféu, quem disputa a Libertadores e quem chega a dezembro no trote desajeitado de cavalo paraguaio.

Alexandre Freire

O Humilde


Hélio dos Anjos abandonou o jeito falastrão e foi de uma humildade de dar inveja a monge tibetano numa entrevista ao programa Arena do SporTV, nessa última terça-feira. Se vivo, Nelson Rodrigues diria que o técnico do Goiás parecia um personagem de Dickens, repetindo a cada esquina : "Eu sou humilde, sou o sujeito mais humilde do mundo" . Só faltou pedir desculpas pelo fato do seu time ser o segundo colocado do Campeonato Brasileiro e não o Corinthians ou Flamengo.
Entre outras coisas, disse que não vende a alma para trabalhar em time grande. Ou seja, o time onde ele trabalha não é grande. A gente já sabia disso, mas vindo da boca do próprio treinador
soa estranho.
Já antevejo a queda do Goiás, por excesso de humildade.
Quer um exemplo de time humilde: o Atlético, quando enfrentou o Flamengo no Maracanã. Fez um a zero no começo do jogo e achou que isso era uma afronta sem tamanho já que do outro lado estava ninguém mais ninguém menos do que o Flamengo. O restante da história todo mundo sabe.
Acusam o Cruzeiro de falta de humildade na final da Libertadores. Também acho o Cruzeiro um time pouco humilde, assim como o São Paulo e o Corinthians. Coincidência ou não, são os times que estão conquistando os títulos.

18 de agosto de 2009

Números, pessoal, números!


Em um minuto, fiquei pensando em quantos números rodeiam o futebol. É terreno fértil para as estatísticas. E são tantas que, ao final de um domingo, mal consigo lembrar duas que escutei. Vamos tomar como exemplo três partidas de domingo com os times mineiros.

Às quatro da tarde, começou o jogo que faria o América deixar para trás cinco anos de rebaixamento da série B. No mesmo horário, o Galo tirou o seu nome do G4 pela primeira vez. Bom para o Corinthians, que se perdesse ou empatasse, completaria seis jogos sem vencer. Lá no Mineirão, o Santos garantiu mais um empate no Brasileiro, agora são sete no campeonato.

De olho na tabela depois do fim do primeiro turno, dá pra ver algumas situações interessantes. Uma que chama a atenção é a do Avaí: com oito vitórias e há nove jogos sem perder, o time está numa confortável sexta posição já colado no Atlético (este, com um jogo a menos, é verdade).

O artilheiro ainda é o Adriano, com dez gols...e se pegássemos só ele como exemplo, seria possível levantar estatísticas sem fim: quantos gols já fez na carreira, quantos com a camisa da seleção, quantos fora do Brasil e por aí vai.

Durante um jogo assistido pela televisão, os números pulam na tela: porcentagem de posse de bola, quantidade de cartões, de faltas, de escanteios...E dá pra saber tudo dos últimos confrontos entre os times em questão: quantas partidas cada um ganhou, quando foi, quantos jogos em Brasileiros e qualquer detalhe que os números estão prontos a responder.

Agora, você consegue se lembrar de metade dos números que escrevi? E olha que o texto pode ser lido quantas vezes for necessário. O que passou na TV ou foi escutado pelo rádio, já era. E duvido que os telespectadores e ouvintes consigam absorver tanta informação. Qual seria, então, a função de tantos números?

Carol Delmazo em breve de volta em "De Salto Alto"

17 de agosto de 2009

Desce!


Não é hora para pânico atleticano.
Ou, agora que o Atético deixa o G4, será exatamente a hora para pânico ?
Este Campeonato Brasileiro não foi feito para principiantes. Não dá mais para conquistar o título se valendo de 3 ou 4 boas apresentações, como na época do mata-mata. Se a competição está equilibrada, o campeão será, necessariamente, o que tiver mais equilíbrio.
Contra o Flamengo no Maracanã, e contra o Corinthians no Pacaembu o Atlético se mostrou um time desequilibrado., que errava muitos passes , rifava a bola na defesa, enfim , uma presa fácil.
Será que o atlético perdeu o fôlego ?
Será que era mesmo um cavalo paraguaio? Um coelho de maratona?
Será que a mídia do eixo Rio-São Paulo estava com razão ao desdenhar o desempenho do Galo no brasileirão?
Enquanto os torcedores fazem todas essas perguntas, o presidente do Clube Alexandre Kalil manda sua mensagem em 140 caracteres:

"Não tem desculpa. Nada justifica. O gosto é amargo. Cuidado: tentarão plantar alguma crise contra nós. "
É, parece que a vaca está mesmo indo pro brejo...

Bem, todo mundo tem seu lado Poliana. E o do atleticano deve estar dizendo agora que pelo menos o time não vai lutar contra o rebaixamento como nos último campeonatos...

15 de agosto de 2009

Títulos não têm preço!

O Cruzeiro 2009 poderia ter entrado para história. Campeão Mineiro, Continental e do Mundo. Alguns falam que o destino não quis assim. Os céticos achavam que havia algo mais do que simples destino. Kléber veio essa semana dizer que alguns jogadores do Cruzeiro, dias antes da final da Libertadores, não pensavam no jogo que poderia mudar as carreiras deles. Discutiam a premiação do título. Zezé Perrela, sabendo que o título traria mais lucro adiante, ofereceu cerca de 100 mil reais para cada jogador. Dinheiro suficiente para fazer 95% dos brasileiros se matarem por ele. Não bastasse o dinheiro, a glória de ser um CAMPEÃO DA LIBERTADORES. Não pareceu o suficiente!
Já vi atleta pagar por um título. Quando o japonês Hidehiko Yoshida, campeão olímpico e mundial, sabendo que iria perder a luta, sacrificou–se em uma queda. Deixou o braço, mesmo sabendo que o quebraria. Um ato desesperado. Ele fraturou o cotovelo. Perdeu o título, mas ficou na história.
Carlão, ex-capitão da seleção de vôlei, já jogou uma partida inteira com o pé quebrado. Não vou me esquecer nunca! Já vi atletas que mal tinham o que comer chegarem onde o sonho podia levá-los: à glória de um título. Nesse caso, não só sacrifício, mas a realidade do esporte no Brasil.
Esses são alguns dos motivos por não acreditar em destino. As pessoas escrevem suas próprias histórias. O Cruzeiro escreveu, ou deixou de escrever, mais uma página, no último dia 15 de junho, diante do Estudiantes.


Yoshida, mesmo sabendo que iria se machucar, coloca o braço no chão para tentar evitar a derrota. Foto:Reuters


O japonês, campeão mundial e olímpico, fratura o cotovelo. Foto:Reuters

João Paulo Ribeiro é produtor do Meio de Campo

11 de agosto de 2009

Verde é a cor da esperança!


(Foto de acervo pessoal: Renato Horta)

O verde está em alta. Mesmo despertando a desconfiança de quem prefere apostar no eixo Rio-São Paulo, o Goiás está no G4. Lá na ponta, o Palmeiras carrega a credibilidade de Muricy Ramalho e uma sequência de bons resultados (a última derrota, se não me engano, foi justamente para o Goiás no dia 22 de julho). Mas o verde que tem tudo a ver com os mineiros não está nessa disputa.

No domingo que vem, as atenções se voltam para o Independência. Depois de garantir um empate sem gols com o Brasil de Pelotas, no Rio Grande do Sul, uma vitória simples basta ao América para passar à fase semifinal da série C. Mais do que isso, ganhar significa carimbar o passaporte para a série B do campeonato brasileiro em 2010.

Fico imaginando como estão os corações dos americanos que já viram o time se destacar em épocas anteriores, ou que herdaram a paixão pelo América dos pais e avós e hoje não sabem muito bem o que fazer com ela.

Dá pra voltar a sonhar com um time forte, que apresenta perigo aos adversários e que pode ser um elemento-surpresa no campeonato mineiro do ano que vem? Se a história dá a sua contribuição, vale lembrar que o América é o recordista brasileiro de títulos estaduais consecutivos, foram 10, de 1916 a 1925. Está lá no Guinness Book.

Voltando ao brasileiro, série B não é nada, podem dizer os céticos. Só que o ditado já diz: toda caminhada começa com um primeiro passo. Para um dia voltar à série A, não tem outro caminho. Se tudo der certo no domingo, que venha a segunda divisão nacional. Sobre um futuro mais glorioso para o Coelho, o tempo dirá. Mas verde é a cor da esperança, não é?


Carol Delmazo faz o quadro "De Salto Alto" no Meio de Campo

Sobe e desce


A vitória do Internacional sobre o Sport nessa segunda-feira que acaba de virar ontem coloca algumas questões interessantes sobre o G4 na reta final do turno.

No ano passado, os quatro times que fecharam a fase nas quatro primeiras colocações mantiveram-se no G4 ao final do Brasileirão, com permutas de posição entre si.

Hoje, madrugada de terça-feira, dos quatro ocupantes do topo da tabela, três, Palmeiras em primeiro, Atlético em terceiro e Inter em quarto têm jogos a menos. Palmeiras, um, Galo e Colorado, dois.

Isso quer dizer que os três têm condições privilegiadas de virar a primeira metade do campeonato dentro do grupo e, se valer a escrita do ano passado, chegar em dezembro com pelo menos uma vaga na Libertadores, seja no acesso direto ou na quarta posição, que envolve disputa com outros candidatos.

Exercício de probabilidades à parte, algum ceticismo volta-se para Goiás e Atlético. Deixo o time esmeraldino para outro analisar e penso na situação do Galo.

O alvinegro pega o líder Palmeiras em menos de 48 horas com muitos desfalques, um aperto no coração da massa e uma dúvida na cabeça do Brasil: o primeiro campeão brasileiro tem fôlego para repetir o feito (do qual já chegou muito perto algumas vezes) ou deve pegar o elevador da tabela para baixo, como já fazem Corinthians e Grêmio, por exemplo?

Celso Roth deve andar pensativo diante do cenário. Sabe que olhos céticos também estão voltados para seu trabalho. Sabe que, para a mídia do eixo Rio-São Paulo, os favoritos são o Palmeiras de Muricy ou o São Paulo de Ricardo Gomes.

Quando a bola rolar na quarta-feira no Mineirão, a imensa massa alvinegra e torcedores em todos os cantos do mundo terão indagações parecidas na cabeça. Final do turno chegando, quem fica no G4, quem pega um prêmio de consolação na Sulamericana e quem vai para o inferno?

Vale acreditar em estatística, em preces, em tradição e até em que o futebol é uma caixinha de surpresas.

Alexandre Freire

9 de agosto de 2009

Mais dois

Não adianta fazer cara feia René Simões.

Vítimas da rodada. René perdeu o emprego após a derrota para o Cruzeiro. Ney Franco deve deixar o Botafogo. Pode até pintar um troca-troca aí.

Adilson resiste


A Vitória do Cruzeiro sobre o Coritiba deu sobrevida a Adilson Batista e colocou René Simões na linha de tiro. Não deve escapar da degola.
Mas Adilson resiste. E vai continuar resistindo no cargo, até porque a diretoria do Clube não tem um nome para substituí-lo. Quando pensa em demitir Adilson, logo surge a dúvida: quem contratar? Alguém sabe de algum bom treinador desempregado? Não, eu pelo menos não sei.

8 de agosto de 2009

Adílson e Renê na corda bamba


Coritiba e Cruzeiro fazem neste domingo um duelo de desesperados no Couto Pereira, com os dois times na zona de rebaixamento. A Raposa dorme na incômoda colocação em virtude da vitória do Náutico sobre o Santo André por 2 a 1 em Caruaru, interior de Pernambuco, na primeira parte da rodada nesse sábado.

Entre as duas equipes, ninguém duvida de que o Coxa seja o favorito ao descenso por questões de estrutura e pelo fato de estar há seis jogos sem vencer. Vale lembrar ainda que o clube paranaense passou recentemente pela série B, caindo em 2005 e voltando e 2007, como campeão.

O Cruzeiro, com outro histórico, vem lutando contra a maldição da Libertadores, estranha síndrome de caráter emocional que acomete os times que perdem a decisão do torneio e, em razão disso, custam a se acertar no Brasileirão, como o Fluminense no ano passado, com consequências desde então para o time das Laranjeiras.

O fato é que Renê Simões e Adílson Batista jogam neste domingo não apenas uma partida dramática, mas possivelmente a permanência no cargo. Ainda que o treinador do Cruzeiro tenha sido confirmado no seu posto pelo presidente Zezé Perrela no meio da semana, uma nova derrota do time celeste deve tornar a situação insustentável.

Do lado do Coxa, o cenário é semelhante e já há inclusive especulações sobre quem assumiria o lugar de Simões em caso de nova derrota. Nelsinho Baptista e Vágner Mancini seriam nomes cotados.

Com a proximidade do fim do primeiro turno, as tensões sobre quem está na zona da degola aumentam. Este domingo é portanto o dia D para mais dois treinadores da Série A. Renê Simôes, Adílson Batista ou mesmo os dois juntos podem terminar a rodada sem emprego.
Alexandre Freire

6 de agosto de 2009

Teoria da conspiração


Adilson Batista voltou a criticar a imprensa e também deu alfinetadas no que ele chamou de facções da torcida. Disse que não paga ingressos, ônibus e nem manda fazer faixas, não faz média com ninguém.

As declarações foram no início da coletiva, após a derrota por dois a zero para o Atlético Paranaense, mas nenhum repórter pressionou o treinador a esclarecer melhor o assunto. Salvo Luciano Moreira, aqui da Rede Minas, que perguntou quem era o responsável (ou os responsáveis) por tais praticas e a quem interessaria a saída do técnico do Cruzeiro.

Evasivo, Adilson limitou-se a dizer que foi perseguido desde que chegou ao clube, que sabe bem que no futebol os interesses falam alto, que quem está fora do eixo Rio-SP sofre mais, só que não respondeu a pergunta de Luciano.
As rusgas dele com setores da imprensa não são de hoje. O treinador já havia citado que parte da crônica esportiva prejudicara o trabalho dele no ano passado e que no fim da temporada ele iria falar quem eram. O ano acabou e ele não falou.

Mais uma vez Adilson queremos saber quem são os responsáveis por prejudicar o trabalho de um treinador que é competente sim, mas parece se fazer de vítima quando o calo aperta.

5 de agosto de 2009

Quanto vale ganhar o Brasileirão?


Quanto vale Diego Tardelli? Para os apaixonados torcedores do Atlético, certamente, o ídolo não tem preço. Mas, o também torcedor e presidente, Alexandre Kalil, já estipulou o valor do camisa 9. Quem pagar 15 milhões de euros leva o artilheiro do Brasileirão.

E se o atleticano já estava tenso com a abertura da janela de transferências, com a convocação do jogador para a Seleção Brasileira então! Além de desfalcar o Galo no duelo contra o atual líder Palmeiras, a amarelinha deve deixar o atacante ainda mais visado.

Kalil tenta tranqüilizar a massa: não há propostas! Mas até quando? O artilheiro também afirma que quer ficar na equipe alvinegra... Mas e se os 15 milhões de euros forem colocados na mesa, quem segura o jogador?

Coincidentemente , esse também é o preço que os Perrellas estipularam pelo gladiador Kleber... As especulações já começaram. O Porto estaria disposto a pagar a quantia e levar o ídolo celeste. No caso de Ramires, as especulações se confirmaram e o volante foi para o Benfica. Resta saber se os portugueses também vão levar o outro craque cruzeirense.

Não há dúvidas de que os R$ 45 milhões seriam um alívio para os cofres dos clubes...

Mas quanto vale o sonho do Brasileirão?

Josy Alves é jornalista

4 de agosto de 2009

"Torcer contra" acirra rivalidades

A confiança do Cruzeirense era quase inabalável. E os bares, as ruas, os carros, as janelas se enchiam de azul a cada fase conquistada. Adeus Universidad de Chile, adeus São Paulo, adeus Grêmio, que venha o Estudiantes! Empate na primeira partida, então? Ah, é o tri da competição! Enquanto isso...

O Galo ia de vento em popa. Líder do Brasileirão, time entrosado, Mineirão lotado em qualquer partida. Tardelli neles!! Os mesmos vendedores de sinal que carregavam as bandeiras azuis passaram a oferecer as alvinegras. A boa fase celeste ganhou uma rival à altura: a confiança da torcida do Atlético. Estava armado o circo.

Aí veio o dia 12 de julho. O clássico. Há quem diga que não vale, porque o Cruzeiro poupou boa parte dos titulares e por isso perdeu o jogo. Mas, para Atleticano não importa. Venceu o rival e acabou com o tabu de doze jogos. Festa da massa alvinegra. Calma, diziam os cruzeirenses. A festa mesmo seria na quarta-feira, dia do jogo contra os argentinos.

Aí veio o dia 15 de julho. A grande final da Libertadores. E o fim dessa história todo mundo sabe. A dor dos Cruzeirenses foi incontrolável, enquanto os atleticanos comemoraram como se fossem eles os campeões. Quem não se lembra da cena dos torcedores do Estudiantes vibrando no dia seguinte com os alvinegros?

Aí começou um ritual que parece não ter fim. Pimenta nos olhos do rival é refresco e motivo de alegria a noite toda. Se é dia de jogo, não tem jeito: lá vem ela, a buzina. E nem precisa terminar a partida! Um gol, um jogador expulso, uma falta perigosa, qualquer indício de uma possível derrota já é suficiente para desencadear a gritaria, os fogos, as manifestações de toda natureza.

Torcer ganhou um sinônimo esquisito: desejar a derrota alheia. Claro que a vitória do próprio time faz bem, mas o que está lavando a alma é o tropeço do outro. Fazia tempo que essa rivalidade não chegava a um nível tão forte. Os ânimos exaltados estimulam a paixão pelo futebol. Mas esse clima tem um lado perigoso, que leva a um temor quanto ao próximo clássico local. Os torcedores estão preparados para um confronto saudável e seguro? Está previsto para 10 de outubro. Mas, independente do resultado, o que se espera é um comportamento nota 10 das torcidas.


Carol Delmazo em breve de volta no quadro "De Salto Alto"

Briga de cachorros médios


Este Brasileirão 2009 promete ser o mais disputado da era dos pontos corridos. Não tem bicho papão. Não tem cachorro grande. Só tem cachorro médio. e como tem cachorro médio. Palmeiras, Atlético, Goiás, Internacional, Corinthians, Grêmio, São Paulo, Flamengo, Cruzeiro. Estes são os nove favoritos ao título de campeão. Nenhum deles leva vantagem.
O Goiás é um exemplo. Foi chegando de mansinho e quando viu que poderia, sim (e porque não?) , brigar pelo título decidiu investir. Trouxe de volta o atacante Fernandão e agora está parelho com a maioria das equipes. Pela via inversa, o Corinthians, um grande favorito até o mês o passado, também chegou ao nível dos demais , quando vendeu 3 jogadores.
A chance de ser campeão, ou vá lá, um vaga na Libertadores está brilhando nos olhinhos de todos aqueles nove lá em cima. Uma possibilidade que está criando situações novas. Como esta contratação de Fernandão pelo Goiás. É a chance se diferenciar, de fazer seu cachorro médio crescer um pouquinho. E quem sabe ganhar esta briga.

3 de agosto de 2009

O Galo tem um camisa 10

(Renan Oliveira. Foto: O Tempo)
Renan Oliveira deve ser titular do Galo. O treinador Celso Roth precisa trabalhar isso. O atleta da base é um autêntico camisa 10, e o time precisa justamente de um legítimo jogador dessa posição. Júnior, improvisado como meia, vira uma alternativa para a organização do jogo. O campeão da Seleção Brasileira de 2002 pode até bancar o "tutor" de Renan, ajudando-o a apurar o passe, levantar a cabeça, jogar com inteligência.

Além disso, Renan é craque. Contudo, contra ele pesam a imaturidade dos 19 anos, a pressão de vestir a camisa alvinegra, a cabeça que deve balançar diante de propostas milionárias que vêm do exterior de quando em quando. Por isso ele precisa ser orientado. Roth, Júnior e o próprio presidente do Galo podem ter esse papel.

E Renan não vai durar no Galo. Vai ser vendido para o exterior, que é o destino de todos os jovens craques desse país. Precisa, portanto, de ter sua chance de cravar no Atlético sua trajetória vencedora, coincidente com a que o próprio clube pode ter nessa temporada, em que é claramente candidato a uma das vagas da Libertadores.

O gol de Renan Oliveira ontem no final da partida contra o Coritiba é uma amostra do que o jogador é capaz de fazer. Tem a frieza, a lucidez e, principalmente, o talento para decidir uma partida dentro da grande área, terreno onde só os craques giram daquele jeito e colocam a bola onde mesmo goleiros acostumados a milagres são impotentes.

Alexandre Freire

2 de agosto de 2009

Dor de cabeça!


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1 de agosto de 2009

A verdadeira base do Galo

O Galinho faz a final da Taça BH de Juniores contra o Internacional no Mineirão amanhã antes da partida do time principal com o desfalcado Coritiba, na zona de sombra da tabela.

No Independência ontem, os juniores do Galo mostraram a atitude que a torcida cobra dos marmanjos comandados por Roth. Os garotos de Sérgio Micale sairam atrás no placar, levando dois gols no primeiro tempo.

No segundo tempo, o alvinegro mudou a história. Igualou o placar com Marcos Arthur e Augusto. Dois a dois e disputa nos pênaltis. Ninguém merece, pensou o torcedor do Galo, que já tinha assistido a este filme contra o Botafogo, no jogo anterior, na terça-feira.

Mas no caminho entre a bola e as redes alvinegras havia Renan Ribeiro, o goleiro da Seleção Brasileira Sub-20. Numa repetição do feito contra o Fogão, o arqueiro fez duas defesas. Galo finalista!

Na Taça BH de Juniores, o segundo torneio mais importante do Brasil, atrás da tradicional Copa São Paulo da categoria no início da temporada, o Cruzeiro tem cinco títulos, o Galo três e o América um. Minas lidera entre os estados.

O torcedor do Atlético que contempla com dúvidas a possibilidade de ir neste domingo ao Mineirão, assombrado pelo time horroroso de Roth contra os rubronegros, deve pensar duas vezes.

Amanhã o dia é de ver o Galinho. Vencendo ou não, existe tempo novo à vista. A rapaziada trata a camisa alvinegra como a torcida exige. Essa é a verdadeira base.

Alexandre Freire.