Duas demonstrações de humildade que me chamaram a atenção. Coisa rara no futebol!
A primeira do candidato à presidência do Atlético, Alexandre Kalil. Na entrevista coletiva na qual anunciou que disputará a eleição, ele pediu perdão aos desafetos pelos arroubos do passado. E já estendeu esse pedido para os erros que o futuro deve reservar, caso seja de ser o próximo presidente atleticano.
Mas, na minha ótica, Kalil teve duas intenções ao se vestir de cordeiro. Primeiramente afagar os adversários, tanto da imprensa quanto do Conselho Deliberativo do clube, na tentativa de pavimentar um caminho tranquilo rumo à cadeira de executivo-mor do Galo.
Depois, fazer um mea culpa pelo monte de asneiras protagonizadas por ele noutros tempos, no exercício dos cargos de diretor de futebol e presidente do conselho, o que valeu ao então presidente, Ricardo Guimarães, o apelido de “Rainha da Inglaterra”.
A segunda demonstração de humildade foi de Adilson Batista. E já faz muito tempo. Foi depois de um jogo do Campeonato Mineiro. O técnico do Cruzeiro admitiu atuação digna de um “professor Pardal”, numa alusão ao inventor dos quadrinhos da Disney.
Essa imagem vem atrelada ao treinador desde então e a imprensa recorre a ela sempre que o Cruzeiro perde pontos. Mas no jogo contra o São Paulo não! Adilson Batista agiu como um estrategista num jogo de xadrez.
Mexeu nas peças para acertar. Tinha justificativa e tudo para dar certo! Aí veio o gol são-paulino, depois de uma cobrança de escanteio. Quer coisa mais normal? O Triclor se retraiu e... O resto você já sabe. Portanto, acho que o maior adversário do Cruzeiro hoje é a própria china azul. Tudo por causa do reconhecimento de um erro lá do mês de abril...
Eduardo Almada escreve às quartas-feiras
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