30 de maio de 2011

Será que é menino ou menina?

A partícula condicionante já começa a se destacar no Brasileirão. Muitos dizem que o “se” não joga, mas vai explicar isso para o torcedor! Apenas duas rodadas do Campeonato Brasileiro foram disputadas e já se ouve falar em título e rebaixamento.
Se o campeonato acabasse hoje, o Atlético disputaria o Bi-Campeonato Brasileiro em um sorteio com Vasco, já que estão empatados em todos os critérios. São Paulo e Corinthians estariam na Libertadores. Avaí, Atlético Paranaense, a sensação Coritiba e o Cruzeiro, Campeão Mineiro de 2011 e vice-brasileiro do ano passado, estariam de malas prontas para a Segundona. O América-MG teria se mantido na Série A, mas sem vaga para alguma competição internacional.

A brincadeira entre as torcidas é válida. Mas, se compararmos com a gravidez, que dura, em média, nove meses, e o sexo do bebê só pode ser visto a partir da 15° semana, ainda é cedo para arriscar candidatos para o título, Libertadores, Sul-americana ou rebaixamento. Até porque, “se” o início do Campeonato Brasileiro refletisse o que vai acontecer durante o ano, a competição não teria a menor graça.


André Cristino é repórter esportivo da Rede Minas

Charge do Duke

www.dukechargista.com.br

19 de maio de 2011

Meio-de-Campo sorteia nova camisa do Galo


O Meio-de-Campo vai sortear neste domingo a nova camisa oficial do Atlético Mineiro. Para participar é preciso ser seguidor do @meiodecampo no Twitter e retwittar a frase completa, tal como está abaixo, sem qualquer alteração: Eu sigo o programa @meiodecampo da @redeminas e quero ganhar a nova camisa do Galo .

O sorteio acontece ao final do programa que acompanha a primeira rodada do Campeonato Brasileiro 2011: as estréias de Cruzeiro, Atlético e América, os lances polêmicos, os gols e a repercussão da abertura da principal competição do futebol brasileiro. Ainda no Meio-de-Campo, uma discussão sobre as perdas dos clubes mineiros no campeonato brasileiro sem o Mineirão.

Confira o regulamento para participar da promoção.

Regulamento
1 – Essa promoção tem caráter exclusivamente recreativo e cultural e não tem qualquer custo para os participantes.
2 – Período de participação: até o dia 22/05/2011, no final do programa
Meio-de-Campo.
3 – O sorteio será feito utilizando a ferramenta sorteie.me e o perfil do ganhador será divulgado no Twitter do @meiodecampo e no programa, ao vivo, que vai ao ar às 21h do dia 22/05/2011.
4 – Para participar é necessário seguir o perfil @meiodecampo em
http://twitter.com/meiodecampo e retwittar a frase: Eu sigo o programa @meiodecampo da @redeminas e quero ganhar a nova camisa do Galo
. Somente será aceito o ganhador cujo perfil no twitter seja ativo e válido.
5 – Retwitts que não contenham o link completo ao final da frase não participarão do sorteio.
6 – Quem postar mais de uma mensagem só concorre uma vez.
7 – O prêmio consiste em uma camisa oficial do Atlético Mineiro e o ganhador deverá retirar a camisa na portaria da Rede Minas (Av. Nossa Senhora do Carmo, 931. B. Sion Belo Horizonte/MG). Será informada uma senha diretamente ao vencedor do prêmio para a sua retirada.
8 – O ganhador deve retirar o prêmio entre os dias 22/05/2011 e 27/05/2011.
9 – Tentativas de burlar a promoção criando perfis falsos ou outras formas implicarão na desclassificação do participante.

11 de maio de 2011

Filhinho do papai


Uma das maiores preocupações dos casais, tanto os mais velhos, quanto os mais novos, é questão dos filhos. Existe uma época ideal para colocar essas criaturinhas no mundo? Alguma regra, conselho ou achismo mesmo? Sei lá. No mundo de hoje, muita coisa tem que ser levada em conta. Violência, guerra, sequestro, desigualdade, racismo... (é melhor parar por aqui). Mas uma coisa, o casal, principalmente o pai, necessita estar atento: para que time seu filho vai torcer? Essa é a pergunta!
Duas teorias tentam responder essa pergunta. Vamos a elas:


Teoria do livre arbítrio:
Essa teoria está relacionada à psicologia moderna, casais mais liberais, século XXI e mais um monte dessas coisas. Consiste na idéia de não influenciar na escolha do pentelho. A criança é livre para escolher o time que quiser. Essa teoria é muito bonita, mas pode trazer graves consequências. O Reginaldo, um amigo meu, cruzeirense daqueles chatos, entrou na pilha da esposa e não quis dar palpite na escolha do garoto. “Reginaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaldo, nós somos um casal moderno!”, dizia a Cleonice, mulher do Reginaldo. E ele foi na conversa. Hoje ele “colhe os frutos” dessa modernidade. O filho dele, o Paulinho, só usa preto e branco, é Galo até o último fio de cabelo. O pai sofre toda vez que precisa entrar no quarto do moleque. É pôster para cima e para baixo, Reinaldo, Éder, Cerezo, Marques, Taffarell, fora o tanto de camisa e apetrechos alvinegros que o garoto possui. Já fez de tudo para o seu filho mudar de time. “Pai, a gente muda tudo na vida, de namorada, de esposa, de amigo até de partido político, mas de time a gente não muda N-U-N-C-A!!!!”, essa foi a resposta. Esperto para nove anos, esse Paulinho.


Teoria “Esse é o meu garoto”:
Essa teoria é mais conservadora, mas vários casais modernos não têm medo de usá-la. Ela parte do seguinte princípio: O meu filho pode torcer pelo time que quiser, desde que seja o meu! Com o Otávio foi assim. Quando ele completou um ano de namoro com a Rosa, comprou um par de sapatinhos de bebê com o escudinho do seu time. Ela não entendeu nada. A coisa foi ficando mais séria, roupinha, chapeuzinho, bandeirinha, bolinha, tudo com o escudo do time. À essa altura a Rosa viu que não tinha mais jeito. Quando o Juninho estava aprendendo a falar, o Otávio pagava a babá para colocar o hino do seu time o dia inteiro para o moleque ouvir. Quando iam ao estádio era uma beleza! O time dos dois sempre ganhava, mesmo quando perdia. Calma vou explicar. Se o time ganhava, ganhava mesmo. Se perdia, o Otávio falava que tinha ganhado. O menino ainda não entendia tudo de futebol mesmo. E uma mentirinha não faz mal à ninguém. Pelo contrário, até o seu filho virar um fanático torcedor, ela, a mentira, vai ser sua grande aliada. Depois, se quiser, vá a um confessionário.

Andre Fidusi é convidado do Meio-de-Campo neste blog.

8 de maio de 2011

Dia diferente

Hoje acordei com a estranha sensação de que o dia não era normal. Levanto da cama com uma musiquinha na cabeça, uma mistura de instrumentos que mais parecia uma charanga. Fui acompanhando a batucada e entrei no quarto do meu irmãozinho caçula, o Carlinhos. Ele e os amigos ensaiavam um hino para uma disputa que haveria no colégio. "Fecha a porta, pô! A gente tá na preleção!"' disse meio zangado. Adora um termo futebolístico esse meu irmão.

Saí andando e matutando como mamãe havia deixado aquela bagunça acontecer logo de manhã. Uma algazarra danada. Parece que hoje tudo é permitido. Desço para tomar café e me deparo com uma cena no mínimo inusitada, pra não dizer outra coisa. A Maria, nossa empregada, estava com um rolinho de cabelo em cada orelha, tipo Dona Florinda, empunhando uma escova de cabelo e falando sem parar, mais parecia um repórter de campo depois de um gol. "Ô seu minino, é que vai tê um concurso na rádia e eu ô treinando, dando tudo de si, pra ser campeão!", justificou com seu sotaque engraçadíssimo.

Não estou falando que esse dia está estranho? Resolvo dar uma volta pelo bairro para curtir o domingão. Logo de cara uma visão do paraíso. Uma loura monumental se aproxima de minha humilde pessoa. Minhas pernas tremem, a boca seca. Parece que vou cobrar um penalti decisivo. Ela passa eu e eu não faço nada, absolutamente nada! Tirei o pé da dividida e amarelei.

Passada a decepção, vou até a padaria comprar alguma coisa. Mal consigo chegar perto do local. Um tumulto impede minha aproximação. Dois caminhões tentaram estacionar na mesma vaga. Os motoristas desceram e o empurra-empurra começou. As cores de seus macacões se destacavam na multidão que se formava ao redor. Um preto e outro azul. Nessa hora, o dono padaria entra no meio e, como um juiz, fala uma meia dúzia de palavras e despacha os brigões pra casa. Tinha até torcida organizada para a confusão.

Depois dessa epopéia, volto pra casa. Papai está na cozinha preparando algo e ouvindo seu radinho de pilha. Olha para mim e dispara: "Pensa rápido!" me jogando uma suculenta laranja. Sem pensar, mato a criança no peito, como um verdadeiro camisa dez e emendo de prima, na veia, sem defesa e saio correndo pela casa fazendo um aviãzinho sob olhar incrédulo de meu pai.

O leitor deve estar se perguntando agora: dia estranho? Mas estranho por quê? Mas se você for um louco por futebol como eu, vai reparar nas partes em destaque e perceber que elas são um ingrediente para este dia atípico. Um dia diferente, com frio na barriga, onde a paixão reina e o detalhe pode ser decisivo. Afinal, hoje é dia de clássico!

Andre Fidusi é convidado do Meio-de-Campo neste blog.

4 de maio de 2011

Ataque cruzeirense é sinônimo de eficiência na Libertadores


Os números do ataque do Cruzeiro na Libertadores 2011 confirmam a tradição da equipe na competição sulamericana. Esse ano, a Raposa marcou 22 gols em sete jogos. Uma média de 3,14 por partida. Por curiosidade, em 2009, quando o Cruzeiro foi vice-campeão, o ataque celeste balançou a redes adversárias também 22 vezes, mas com o dobro de jogos, 14 no total.

Por quatro vezes, o Cruzeiro teve o melhor ataque da Libertadores. Em 2001, foram 26 gols em 10 jogos. Em 2009, como já citado acima, 22 gols em 14 jogos. E, no ano passado, 26 gols em 12 partidas. Mas são de 1976, quando o time celeste foi campeão da América pela primeira vez, os números mais expressivos. 43 gols em 13 confrontos contra as equipes da América do Sul. Palhinha terminou como artilheiro da competição balançando a redes adversárias 13 vezes.

Analisando os dados de 1976 e os de hoje, os ataques cruzeirenses têm números parecidos. A equipe de Cuca tem uma média 3,14 gols marcados por jogo. Mas, mesmo com tanta eficiência, o atual elenco não conseguiu superar aquele que é o melhor ataque da história da Libertadores. A ofensiva do time comandado por Zezé Moreira, em 1976, contava com jogadores como Joãozinho, Palinha e Jairzinho. O chamado Esquadrão Azul conquistou o título com média de 3,30 gols por jogo.

Marlon Neves é estagiário do Meio-de-Campo