Desde o dia 30 de setembro o Brasil é o anfitrião da Copa do Mundo de FUTSAL. Até então, a campanha da seleção brasileira é irretocável: em 3 jogos, foram 3 vitórias, 40 gols marcados e apenas 1 gol sofrido. Os jogadores do Brasil vêm apresentando um jogo objetivo e de muita técnica. Com belas jogadas, lances de efeitos e abundância de dribles, a estética do jogo da seleção brasileira de FUTSAL se aproxima das representações identitárias sobre o futebol brasileiro, sintetizadas na expressão “futebol-arte”.
Todavia, as derrotas recentes da seleção brasileira de futebol têm colocado sob suspeição o sentido dessa adjetivação. Como o Brasil pode ser identificado ao “futebol-arte” se Dunga, seu treinador atual, é identificado ao “futebol-força”? Estaria o Brasil perdendo o estilo de jogo que sempre o caracterizou e do qual sempre nos orgulhamos?
Diante disso, uma questão merece ser investigada: estaria havendo um deslocamento das representações sobre o “futebol-arte” dos campos para as quadras de FUTSAL?
Bruno Abrahão é formado em Educação Física e doutorando em Sociologia
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