6 de dezembro de 2010

Milagre alvinegro, mas com ressalvas

Quando o técnico Vanderlei Luxemburgo foi demitido do Atlético, após a 24ª rodada do Campeonato Brasileiro, o aproveitamento do time na competição era de pouco mais de 29%. O pior desde 2003, quando começou a era dos pontos corridos. Com a chegada de Dorival Júnior, que assumiu logo na rodada seguinte, o time saltou para um aproveitamento impressionante e terminou o campeonato com o desempenho de equipes que brigavam pelas três primeiras posições (57,1%). Assim, o treinador conseguiu tirar o Atlético do rebaixamento que parecia certo.

No entanto, desde o início do Campeonato Brasileiro por pontos corridos, o melhor aproveitamento do Atlético foi justamente na primeira edição. Naquele ano, o time comandado por Celso Roth conquistou 52,1% dos pontos disputados. Depois disso, as campanhas do Galo não passaram dos 50% dos pontos obtidos. Em 2004, foi 38,4%. Em 2005, ano do rebaixamento, o time conseguiu 37,3% dos pontos. Em 2007, 48,2%. Em 2008, 42,1%. Em 2009, novamente com Celso Roth no comando, o time voltou a fazer um bom aproveitamento (o segundo melhor) com 49,1%.

Este ano, mesmo com a surpreendente arrancada nas últimas rodadas – o que deixou o clube no 7º lugar na classificação do returno – o Atlético ficou com 39,4% dos pontos disputados. Foi a terceira pior campanha do time na era dos pontos corridos do Campeonato Brasileiro. O atleticano pode e deve comemorar a permanência na Série A, mas deve repensar a campanha de uma equipe que foi montada com o propósito de lutar por títulos.

Fábio Rocha é estagiário do programa Meio-de-Campo.

Charge do Duke


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5 de dezembro de 2010

A promessa de Cerezo a Dorival Júnior

Cerezo prometeu no Meio-de-Campo fazer uma estátua de Dorival Júnior, caso o time escapasse da série B.
Como bom pagador, ele foi até a Cidade do Galo. Agradeceu a Dorival em nome de todos os atleticanos e o técnico do Galo o livrou do compromisso. Quem acabou pagando a promessa de Cerezo foi o chargista Duke www.dukechargista.com.br
Confira!

2 de dezembro de 2010

Com certeza ele ouviu: "vai se 'Qatar"!

Já é de conhecimento que o Qatar será a sede da Copa 2022. A esperança é de ver mais um país se desenvolver no esporte. Algo que pode não acontecer, já que existe uma promessa do legado (estádios) ficar para os países africanos. É que a organização da Copa no Qatar vai disponibilizar os estádios aos países africanos, uma vez que não há e nem deverá haver demanda pelo futebol do Qatar. A gente só espera que o nível do futebol por lá melhore. Ou você não se lembra do lance do jovem atacante Khalfan Ibrahim que joga no Al Saad no Qatar.



João Paulo Ribeiro é produtor do Meio-de-Campo.

30 de novembro de 2010

Mais que um Clássico...

O conceito de clássico é praticamente o mesmo em todas as partes do Mundo. Para abreviá-lo, diria que é o jogo onde dois grandes rivais se encontram para decidir qual deles é o melhor. Exemplos não faltam. Em Minas Gerais, temos Atlético x Cruzeiro. No Rio Grande do Sul, Grêmio x Internacional. E por aí vai...

Existe uma partida que ultrapassa esses limites. Vamos à Espanha! Lá estão dois dos principais clubes do Mundo: Barcelona e Real Madrid. O duelo é antigo: começou em 1902. Desde então, o Futebol nunca mais foi o mesmo.

Esta rivalidade não pode ser mensurada apenas pela paixão de seus torcedores ou por quem tem mais vitórias no confronto (e, diga-se de passagem, os Merengues levam vantagem nesse aspecto: 58 x 53).

Quando barcelonistas e madridistas estão em campo, há muitos aspectos envolvidos. O Barcelona é um dos ícones da Catalunha – talvez a comunidade autônoma da Espanha mais importante. Na década de 30, ao final da Guerra Civil, a região sofreu uma importante e pesada repressão cultural e lingüística. O uso do catalão foi abolido, por determinação do Estado Nacionalista Espanhol. O Barcelona Futbol Club virou Club de Fútbol Barcelona para se adequar. Ao mesmo tempo, o Real Madrid ganhava espaço por “ajudar” na divulgação do regime ditatorial de Francisco Franco. Por sua forte ligação com a coroa espanhola, o time (indiretamente ou não) servia como uma espécie de propaganda. E assim a rivalidade cresceu.

Em 1943 aconteceu a maior goleada do confronto: 11 a 1 para o Real Madrid. O que poucos sabem é que militares visitaram o vestiário do Barcelona e ameaçaram retaliar os jogadores em caso de vitória. A derrota por uma diferença tão grande de gols foi um protesto.

Com o passar dos anos e o fim da ditadura no país, o duelo perdeu um pouco de seu contexto político, mas este jamais deve ser ignorado. Os dois lados cresceram muito e nunca deixaram de investir. Hoje o Barcelona aposta na revelação de talentos, enquanto o Real gasta seu dinheiro com a contratação de grandes jogadores.

E na segunda-feira (29) mais um capítulo desta rivalidade foi escrito. E, sem a influência política, os atletas fizeram o que sabem fazer de melhor: jogar bola. Quer dizer, apenas os barcelonistas – porque os madridistas pareciam estar assistindo a uma aula de Futebol.

Foi uma atuação brilhante de Xavi, David Villa e Messi. Sem falar de Puyol, que não deu espaços ao português Cristiano Ronaldo. José Mourinho, que estava invicto no comando do Real Madrid, sofreu sua pior derrota na carreira. E Guardiola manteve os 100% de aproveitamento como técnico diante do rival.

Existem coisas que não dá para explicar escrevendo. É melhor ver...




Fábio Pinel é jornalista da TV Bandeirantes e torcedor do Barcelona.

28 de novembro de 2010

E agora América?


O América está de volta a Serie A. Apesar de poucos (inclusive eu) acreditarem provavelmente teremos três clubes de Minas na primeira divisão do campeonato brasileiro e dois paulistas a menos.

O Coelho foi um time regular durante toda a competição e por isso mereceu o acesso. No ano passado quando conquistou o título da terceira divisão o presidente Marcos Salum afirmou que havia montado um time de Série B para disputar a Série C e que teria que ter um time de Série A para voltar a elite do futebol nacional.

O time que o América teve no ano de 2010 não era um time de Serie A. Talvez nem mesmo de Série B, mas a união da diretoria refletiu dentro de campo. Flávio, Gabriel, Marcos Rocha, Rodrigo, Leandro Ferreira e Fábio Júnior superaram as limitações e mostraram, na bola, um futebol digno de time grande.

Para o ano que vem o clube precisa de muito mais. Salum afirmou que o objetivo é terminar o campeonato na décima posição. Um escopo durríssimo para um clube que não terá os mesmos patrocínios da grande maioria dos adversários que vai enfrentar. O time do América é velho, tem limitações técnicas visíveis, falta torcida nas arquibancadas, falta estádio.

O americano já deu mostras que muita coisa pode mudar, a promessa de que o Independência estará pronto em junho não é ideal, mas agrada, certamente novos contratos serão feitos, custos e receitas aumentarão. Não acho que foi um bom momento para o América subir. Acredito que mais um ano de Série B daria mais estrutura ao clube, mas foi bom demais ver a torcida comemorar nas ruas de BH.

Que o América mostre em campo que é sim um time que pode se consolidar como de Série A e queime, mais uma vez, a minha língua.

Cláudio Gomes é editor-chefe do Meio-de-Campo

25 de novembro de 2010

Reservas ou Titulares

Muitos jornalistas criticaram a escalação de um time reserva do Atlético, contra o Palmeiras na copa Sulamericana. Sempre achei a decisão da diretoria e da comissão técnica acertada e a eliminação do time paulista para o Goiás, ontem, mostrou certa coerência.

O Atlético poderia ter se classificado com o time reserva, mas também poderia ter sido eliminado com o time titular, assim como foi o Palmeiras. No caso dos paulistas a decepção foi na competição internacional e só. No caso atleticano, se isso acontecesse, o time poderia se desestabilizar e a permanência na série A poderia estar comprometida.

Verdade que faltam pontos para que o Galo se garanta na elite do futebol brasileiro, mas depois de um ano de tantos erros, a escalação de reservas na Sulamericana foi acertada. Mas Renan Ribeiro também deveria ter sido poupado, com isso Aranha ganharia ritmo de jogo e com a dúvida sobre as condições de jogo do jovem goleiro alvinegro o seu substituto estaria mais preparado.

19 de outubro de 2010

11 de outubro de 2010

Um gol decisivo


Penso que muita gente concorda que o momento mais importante de uma partida de futebol é o gol. Mesmo que certo treinador diga que “é apenas um detalhe” no contexto jogo. Neste final de semana ficou comprovado como um gol – irregular ou não – pode ser decisivo.

Começamos pelo novo líder do Campeonato Brasileiro. Das 15 vitórias na competição, o Cruzeiro venceu oito pelo placar mínimo, sendo que o gol solitário de Wellington Paulista contra o Fluminense valeu a liderança e, agora, o time celeste depende apenas de suas próprias forças para ser bicampeão nacional. O futebol pragmático do time de Cuca se evidencia, principalmente, nos jogos no estádio Parque do Sabiá, em Uberlândia, onde a equipe venceu por 1 a 0 todos os quatro jogos que disputou.

O América chegou à vice-liderança da Série B ao vencer o Brasiliense por 2 a 1, com um gol irregular de Dudu aos 48 minutos do segundo tempo. Mas o Coelho, que não tem nada a ver com o erro do árbitro assistente, comemorou bastante o gol e a vitória no finalzinho, que deixou o time ainda mais perto do acesso a Série A. Agora, o América tem seis pontos a frente do Sport, quinto colocado.

Já o Atlético perdeu a chance de sair da zona do rebaixamento porque deixou de fazer o gol. Se vencesse o Internacional, nem que se fosse por 1 a 0, estaria em uma situação menos complicada. Com o gol de Alecsandro, o Inter assumiu a quarta posição e continua vivo na disputa pelo título, pois tem um jogo a menos.

Após o título Mundial da Espanha com o pior ataque da competição, com apenas oito gols em sete jogos – sendo que na fase final a Fúria só venceu seus adversários pelo placar mínimo – podemos perceber que, primeiro, o futebol de resultado está se consolidando entre as equipes vencedoras e, segundo, o quanto um gol é importante (não é mesmo, Carlos Alberto Parreira!?).


Fábio Rocha é estagiário do Meio-de-Campo

5 de outubro de 2010

Confira as fotos de Toninho Cerezo no Meio de Campo do dia 26 de setembro. Também participaram os jornalistas Cláudio Rezende, Terence Machado e Maurício Miranda.



1 de outubro de 2010

Sorte de uns, azar de outros!



Respondendo a uma pergunta sobre a sorte que o Cruzeiro tem dado com os argentinos, o técnico Cuca respondeu: “É bom ter sorte, só que é bom saber contratar, também! Não é todo argentino que é bom, tem uns que são ruins pra caramba.” O treinador arrancou risadas, mas provocou a reflexão. Será que contratações de estrangeiros, não só argentinos, tem sido tiro no escuro no futebol mineiro?
Se levarmos em consideração os últimos anos, salvo raríssimas exceções, parece que sim. Vejamos o Atlético, por exemplo, que já teve no gol, representantes como Ortiz e Mazurkiewicz, ídolos até hoje, e o lateral Cincunegui. Em 1994, trouxe o zagueiro Kanapkis, considerado, à época, um dos melhores da posição e que, depois de um clássico, até hoje procura o Ronaldo Fenômeno que o deixou sentado a beira do campo. Na esteira dele vieram Gutierrez, Lívio Prieto, Jonatan Fabro, Benitez, Renteria, Tripodi, Escobar, Pablito, Carini e por aí vai.
A torcida cruzeirense já teve o privilégio de ver Perfumo, Revétria, Forlan e o, último grande ídolo, Sorín. Entretanto, já teve de agüentar Viveros, Tápia, Guerrón, Espinoza, De La Cruz, Palácios, Maurício Ramos, entre outros.
Obviamente, ninguém contrata sabendo que vai dar errado. Mas, muitas vezes, a avaliação não é tão criteriosa. Com a força de empresários e da tecnologia é possível transformar, com edições mirabolantes, jogadores comuns em verdadeiros Pelés. Por isso, vimos tantos “gênios” em nossos gramados, recentemente.
Voltando a fala do Cuca, o Cruzeiro soube contratar, sim, mas que deu sorte, isso deu. Afinal, Montillo só veio porque outros dois estrangeiros, Riquelme e Valdívia não fecharam com o clube celeste. Sorte de uns, azar de outros!

Luciano Moreira é apresentador do Meio de Campo

28 de setembro de 2010

Futebol só tem artista

Lendo alguns sites dou de cara com a manchete: “Blanco fará par romântico com Larissa Riquelme em novela mexicana”.

O veterano jogador do México, de 37 anos, vai participar da novela “El Triunfo Del Amor”. É um remake da telenovela “O privilégio de amar”, de 1998. Ele fará par romântico com Larissa Riquelme. A moça que tem mais lugar para guardar celular que a maioria da população.
Lendo a notícia percebi que o Brasil também teria bons artistas da bola para emprestar ao mundo da arte.

Neymar seria a estrela do remake “Curtindo a vida adoidado”. Se destaca entre os amigos, está sempre numa boa e no final quem se dá mal é o professor.

Diego Souza seria “O homem invisível”. Incrivelmente ninguém consegue vê-lo em campo.

Montillo, do Cruzeiro, não tem nada de galã. Mas, parece aqueles personagens que estão sempre chegando na hora certa para salvar o dia.

O filme “Dormindo com o Inimigo” se encaixa em pelo menos um milhão de casos do futebol brasileiro. Os treinadores não me deixam mentir.

Os dirigentes também levam jeito para o mundo da arte. Alexandre Kalil, por exemplo, afirmou que não dorme abraçado com mulher feia. Está aí uma boa oportunidade dele tomar o papel de Blanco e tentar fazer bonito ao lado de Larissa Riquelme.

Tem mais algum exemplo? Mande para a gente.
Um abraço!

João Paulo Ribeiro é produtor do Meio-de-Campo

27 de setembro de 2010

24 de setembro de 2010

Retrato de um time perdido

Alexandre Kalil, presidente do Atlético, afirmou que não diminuiria o valor do ingresso nos jogos do clube. O valor caiu logo que viu que o time não valia tanto quanto ele pensava.

O dirigente falou que todos precisavam se abraçar para tirar o Galo da zona de rebaixamento. Segundo ele, seria uma incoerência demitir Luxemburgo. Incoerência confirmada na última quinta.

Pelo telefone, me afirmou que não aceitaria o convite de participar do programa Meio-de-Campo, no próximo domingo, dia 26, porque era hora de estar com o time. (Isso, antes de me deixar falando sozinho ao telefone). No Rio de Janeiro, ele não estava para demitir Luxemburgo.

Aguardamos agora ao próximo pronunciamento, hoje à tarde. Espero que ele não deixe alguém falando sozinho e muito menos o torcedor sem uma explicação.

João Paulo Ribeiro é produtor do Meio-de-Campo

20 de setembro de 2010

Charge Duke

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17 de setembro de 2010

Enclausurados


Depois de mais uma derrota no campeonato brasileiro, os jogadores atleticanos fizeram uma reunião. Decidiram que vão ficar concentrados nos próximos 15 dias. Vão abrir mão da família, dos amigos, de momentos de lazer e, pra quem gosta, até das baladas, porque não? Tudo para tirar o Atlético da lamentável situação em que o clube se encontra no campeonato brasileiro.

Louvável a atitude dos jogadores. Mas eu gostaria de saber o porquê dessa decisão pois eles já se reuniram, certa vez, com o presidente e o próprio treinador e a coisa não deslanchou. De qualquer maneira é mais uma tentativa de levar o Atlético a uma posição mais digna na tábua de classificação e salvar, em parte, o projeto do técnico Vanderlei Luxemburgo.

Acredito que esse acordo entre os atletas pode sim dar resultado. É o que se chama de fechar o grupo. Mas é preciso ressaltar um pequeno e importante detalhe: De nada vai adiantar a clausura se o futebol não aparecer. Que os jogadores possam encontrá-lo em algum lugar do CT de Vespasiano nas próximas duas semanas.

Luciano Moreira é apresentador do Meio de Campo.

16 de setembro de 2010

Chamem o Esquadrão Relâmpago


“Estamos criando um monstro”. As declarações de René Simões, depois do entrevero entre Neymar e Dorival Júnior, refletem claramente a formação dos jogadores de futebol no Brasil. Meninos recém saídos das fraudas que começam a ganhar uma fortuna diretamente proporcional à exposição na mídia. Não é raro vermos atacantes que depois de dar dois dribles e fazer meia dúzia de gols tornam-se ídolos de uma hora pra outra.

A imprensa sedenta de notícias e novidades, muitas vezes, não se preocupa com as consequências de endeusar atletas que ainda são promessas, projetos de craques. Do outro lado estão jogadores com uma formação limitada, num país onde o indivíduo alfabetizado é aquele que sabe desenhar o nome na hora de assinar a carteira de identidade.




Contra essas práticas talvez teremos que chamar os Changeman – O Esquadrão Relâmpago, para enfrentar os monstros que andam a solta pelo universo do futebol. E é melhor andarem rápido antes que um repórter Gyodai os torne ainda mais gigantescos que já estão.



Cláudio Gomes é editor-chefe do Meio-de-Campo

14 de setembro de 2010

Para Casa



Ver o Barcelona jogando deu inveja. No bom sentido, claro! Os comandados de Pepe Guardiola mostraram eficiência tática, oportunismo e talento individual, preparo físico, técnica apurada e vontade de jogar bola.

Isso mesmo! Vontade de jogar. Depois de acompanhar mais da metade do campeonato brasileiro, há muito não via em campo jogadores com vontade de jogar bola. Imagine sua pelada semanal com os amigos. No sorteio dos times de um lado fica aquele camarada gente boa que conta piada e corre feito louco atrás da bola e dá risada quando pisa nela ou zoa quando um colega fura feio na frente do gol. Tudo isso naquele astral legal, mas sempre jogando bola com seriedade. Do outro lado o craque de bola. Deixa o companheiro na cara do gol, faz jogadas sensacionais, dribla todo mundo e toca para o centroavante do time livre, mas reclama que o companheiro perdeu o gol, perde a bola e abre os braços de forma agressiva para os zagueiros matarem a jogada e dá um chilique quando o camisa nove fura com o gol escancarado. Sempre ele é o melhor e os outros é que têm que correr pra ele.

É o que vejo em muitos times do brasileirão. Individualismo extremo aliado a um péssimo preparo físico e técnico. Muitos jogadores tidos como estrelas que tentam jogar com o nome apenas e sem qualquer noção de que o futebol é um esporte coletivo.
Assistindo a partida entre Barcelona e Panathinaikos vi a vontade de jogar bola nos olhos de cada jogador do Barcelona. Nos passes certeiros, nas cobranças de faltas rápidas, nos chutes a gol, em tudo o Barça deu uma aula de futebol. E quem não viu, perdeu, de goleada, como o time grego.

Cláudio Gomes é editor-chefe do Meio-de-Campo

13 de setembro de 2010

De sorte e de Loco, nem todo mundo tem um pouco!

Neymar não pode apanhar da forma que vem apanhando dos adversários.

Também não pode resolver a situação no braço, como queria ao final do jogo contra o Ceará.

Nem tão pouco é papel da polícia agredir atleta (se é que o fez).

Loco não é sinônimo de ignorância.

Abreu que o diga. Depois da afirmação de um repórter de que o uruguaio estava com cara de poucos amigos, após o gol contra São Paulo, o uruguaio alfinetou: “Por que não faz a pergunta”?

O repórter disse: “Estou fazendo”!

Abreu: “Não, está afirmando”. Loco Abreu não tinha motivos para vibrar. Só fazia uma homenagem a um amigo falecido.

Mazola, atacante do Guarani, fez o gol da vitória sobre o Furacão e logo em seguida propaganda na hora da entrevista. Falou que agora todo mundo vai conhecer quem é Mazola. Puro egocentrismo!

Obina, que fez o gol da vitória do Atlético, preferiu valorizar o companheiro Diego Macedo, que foi vaiado pela torcida: “O Diego é muito importante para nós”. Fico com o discurso do Obina. Bem mais coletivo.

A torcida do Cruzeiro fala da sorte de Thiago Ribeiro no gol contra o Avaí.

Já os torcedores catarinenses comentam o azar do time que não vence a 7 jogos.

Depois de mais uma rodada do Brasileirão, fiquei ainda mais maluco com tantos acontecimentos. Sorte de quem torce para o Botafogo, que já tem seu Loco e não se assusta com o Campeonato Brasileiro.

João Paulo Ribeiro é produtor do Meio de Campo.

Charge do Duke

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10 de setembro de 2010

Sorte?

Para você que acha que seu time não tem sorte...

E o goleiro foi comemorar com quem?

9 de setembro de 2010

Tire as Crianças da Sala, é Jogo do Galo


No encontro com um casal amigo surge o assunto Atlético. E a mulher reclama que o marido assiste aos jogos do time rogando todo o tipo de palavrões impublicáveis. E o que é pior, na frente das crianças.
Realmente este time do Atlético é indecente. Devia ser proibido para menores. Impossível ver um jogo sem soltar uma obscenidade. Uma a cada minuto. Uma centena por partida.
Se é verdade a máxima de Luxemburgo, de que o pão do Atlético sempre cai com o lado da manteiga virado pra baixo, então a Cidade do Galo já se tranformou num imenso laticínio. Mesmo nessa época de vacas magras.
A solução do Presidente vem embalada no grito de guerra da torcida organizada: " vou dar porrada eu vou ... e ninguém vai me segurar"... Haja manteiga.
Hoje o Atlético enfrenta o Vasco, no Rio. Então, tire as crianças da sala, feche bem as janelas para não incomodar os vizinhos e prepare-se para xingar muito...

Túlio Ottoni é diretor de jornalismo da Rede Minas

Números e não probabilidades

Projeções para o rebaixamento são apenas probabilidades e não fatos! Já os números do Atlético no Campeonato Brasileiro são reais. O time vai completar, diante do Vasco, 50 dias seguidos na zona de rebaixamento. Entrou por lá no jogo contra o Inter (21 de julho). E se o torcedor acha que esse número é ruim, há outro pior. Se somarmos os dias de competição do Campeonato Brasileiro, o torneio chegará a 210 dias (incluindo período de Copa). Começou no dia 08 de maio e terminará no dia 05 de dezembro.

O Galo ainda ficou na zona de rebaixamento do dia 03 de junho, quando perdeu para o Grêmio por dois a um, até o dia 15 de julho, quando voltou a vencer, logo depois da Copa do Mundo. Fez três a dois no Atlético Goianiense. Naquela oportunidade foram mais 38 dias na zona de rebaixamento (incluindo período de Copa). Somados os dias em que ficou na zona de rebaixamento, o Atlético esteve 78 dias entre os quatro últimos. Isso corresponde a 37% dos dias de duração Brasileirão, ou 63% dos 123 dias que a competição já tem. O time ainda corre o risco de ficar por lá até a próxima rodada. Caso o Grêmio não perca para o Atlético de Goiás, nesta quarta-feira, o Galo não terá chance de sair das últimas posições. Os gaúchos têm 20 pontos, o Galo 17. Mesmo sem jogar, ainda pode cair uma posição, caso os goianos empatem com o Grêmio, pois também têm 17 pontos.



João Paulo Ribeiro é produtor do Meio-de-Campo

8 de setembro de 2010

Média de público das quatro divisões do Brasileirão 2010

Dados coletados hoje do site da CBF apontam que em 172 jogos do Campeonato Brasileiro da série A, a média de público é de 14.294 torcedores. É a pior dos últimos três anos. Mas e os dados envolvendo a média de todas as quatro divisões? Realizando pesquisas na Internet, encontramos essa informação. É uma tabela, com um ranking, que mostra a média de todos os clubes das quatro divisões até a 17ª rodada.

Abaixo segue os 20 primeiros colocados mais a colocação dos times mineiros que estão mais abaixo. Primeira curiosidade: o Santa Cruz-PE, da 4ª divisão, é o terceiro clube que mais leva torcedores ao estádio, em média. Entre os times do Estado verificamos outras curiosidades: a média do Uberaba é maior que a do América, prova de que o Triângulo Mineiro está mostrando sua força em apoiar os times locais. Além disso, Fortaleza e Paysandu, na 3ª divisão, estão à frente de Atlético e Cruzeiro.

PosiçãoClubeMédia público
Fluminense28.081
Corinthians26.148
Santa Cruz23.359
Ceará21.625
Botafogo21.163
Flamengo 19.920
Vasco18.986
Atlético-PR16.441
Internacional16.185
10ºFortaleza15.445
11ºPaysandu13.132
12ºCruzeiro12.920
13ºBahia12.901
14ºSport12.270
15ºSão Paulo11.739
16ºAtlético-MG11.736
17ºPalmeiras11.647
18ºGrêmio9.963
19ºSantos9.924
20ºVitória9.480
62ºUberaba1.436
69ºAmérica1.107
75ºIpatinga946
78ºTupi872
92ºItuiutaba255


Quem quiser conferir o ranking completo, com 100 times do Brasil, pode acessar o link:

http://rbrito1984.zip.net/arch2010-08-29_2010-09-04.html#2010_08-31_18_51_50-143963824-0


Fábio Rocha é estagiário do Meio-de-Campo

5 de setembro de 2010

29 de agosto de 2010

26 de agosto de 2010

Em jogo, o Futuro

O Atlético não enfrenta o Flamengo hoje no Maracanã em busca de uma vitória. Ele busca A Vitória. Derrotar um adversário histórico em sua própria casa seria uma redenção no momento em que só uma redenção pode mudar o rumo do Atlético no Campeonato Brasileiro 2010. E não só no Brasileirão e talvez nem só neste ano. Desde que o time caiu para a segunda divisão em 2005, como um último passo rumo ao fundo de um poço sem fundo, que se busca uma solução para que o Galo não vire um time de segunda categoria. Hoje se elogia o trabalho da diretoria, que construiu 0 melhor centro de treinamento do Brasil, trouxe o melhor treinador e contratou jogadores a rodo. Mas como num livro que ninguém lê, esta é a teoria. E a prática é a pífia zona de rebaixamento.
Alguém pode explicar?
Uma coisa é certa: a paciência da torcida tem data para terminar, exatamente dia 26 de Agosto de 2010, que por acaso é hoje.
O repertório de desculpas se acabou, não haverá mais o que dizer depois de uma derrota hoje no Rio. Restará agir.

10 de agosto de 2010

Nova cara nova

Nova cara da seleção brasileira Foto: Reuters

Mais uma vez começa uma era na seleção brasileira. Mano Menezes inicia hoje a fase de preparação para o mundial do Brasil. Com uma seleção renovada e com “cara de Brasil” a grande maioria da crônica esportiva e da torcida aposta num time ofensivo e habilidoso que a muito não víamos.

O mais importante são as caras novas. Reformular o elenco passa por testes, erros e acertos. Com tantas novidades na seleção é possível que mais erros que acertos aconteçam nesse primeiro momento.

O Brasil enfrenta os Estados Unidos hoje à noite. Um time equilibrado que nem de longe se parece com as antigas equipes semiprofissionais ou ingênuas de anos anteriores. A seleção americana fez um bom mundial e só não chegou às quartas-de-final por erros da arbitragem.

Para a partida dessa terça-feira ouvi um jornalista renomado dizer que os Estados Unidos são favoritos diante do Brasil. Não é pra tanto. Mas é fato que, caso o time de Mano perca alguns jogos, uma pulga vai começar a coçar a orelha do treinador. Aí a “cara de Brasil” pode mudar para desorganização tática, falta de comando, necessidade de jogadores experientes...

Cláudio Gomes é editor-chefe do Meio-de-Campo

3 de agosto de 2010

Mundo Virtual

Madson e Zé Eduardo na TwitCam

Os moleques travessos da Vila aprontaram outra vez. E desta vez não foi uma coreografia nova para comemorar um gol. Lá estão eles num chat com câmera no twitter, completamente seminus, ouvindo música brega e falando bobagens. Ou seja tudo que um jogador de futebol tem direito.

Mas uma onda moralista pediu punição para Felipe, Madson e Zé Eduardo por ofender torcedores. O Goleiro Felipe disse a um torcedor que o salário deste não pagaria o que ele, Felipe, gasta com ração para cachorro. Agora uma questão: alguém realmente se espantou com o que disseram os reservas do Santos? Eu me espantaria se eles estivessem discutindo o conteúdo de um livro. Mas o vídeo mostra exatamente como a gente imagina que seja o comportamento de adolescentes num Hotel.

O problema é que eles não são mais adolescentes Felipe tem 22, Zé Eduardo, 23 e Madson, 24. Mesmo assim ainda são capazes de se comportarem como os adolescentes, de 16 e 15 anos, que, em Porto Alegre se exibiram intimamente usando a mesma ferramenta dos santistas, a twitcam.

Diariamente, jogadores de futebol falam bobagens, adolescentes transam, mulheres traídas espancam as amigas traidoras. A novidade é que tudo isto agora está exposto para todo mundo ver. E o pecado alheio é sempre mais grave do que o nosso.

2 de agosto de 2010

Charge do Duke

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1 de agosto de 2010

Semana histórica para um clássico histórico.

Vestir a camisa, tirar a bandeira do armário e ir ao estádio acompanhar mais um clássico mineiro. Essa deveria ser uma prática comum para atleticanos e cruzeirenses, mas com o Mineirão em obras e os jogos sendo realizados na modesta Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, apenas o torcedores atleticanos terão o privilégio de acompanhar a partida in loco (no segundo clássico, dia 24 de outubro, apenas os torcedores do Cruzeiro poderão comparecer ao estádio, já que o time será o mandante da partida). Esta é apenas uma das peculiaridades desse Atlético e Cruzeiro.


O Atlético, mandante do primeiro clássico e 19º colocado na tabela, vive um péssimo momento e já acumula 7 derrotas em 11 jogos. O time do técnico Vanderlei Luxemburgo ainda está longe do ideal e algumas peças importantes ainda poderão ser utilizadas ao longo do campeonato, como o equatoriano Edison Mendez, o zagueiro Réver e outros atletas que cumprem suspensão ou estão no departamento médico.


O Cruzeiro, atual 6º colocado da competição, vem adotando a tática de vencer e não precisar convencer, assim como foi feito na reação no Brasileirão do ano passado. A equipe comandada pelo técnico Cuca não encantou os torcedores com um futebol bonito, mas vem alcançando seus objetivos. O time celeste também espera por algumas peças que estão para chegar, como os argentinos Ernesto Farias e Walter Montillo.


Com torcida única e com os times sendo remodelados, com o campeonato em andamento, a bola vai rolar na Arena do Jacaré. Então, “vamos com o que temos” e que vença o melhor!


Curiosidades:

A semana que passou foi bem especial para os torcedores das duas equipes. Na segunda feira, 26, Telê Santana (técnico responsável pela conquista do título mais importante do Atlético, o campeonato brasileiro de 1971) completaria 79 anos de vida. Na sexta, 31, as boas lembranças ficaram por conta dos cruzeirenses, afinal estavam sendo completados 34 anos do primeiro título da Taça Libertadores da América.

Confrontos pelo Campeonato Brasileiro: 45 partidas: 16 vitórias do Atlético, 14 vitórias do Cruzeiro e 15 empates. O Atlético marcou 56 gols e o Cruzeiro balançou as redes 50 vezes.

Henrique André é jornalista da rádio Inconfidência

30 de julho de 2010

Será?

Retirado do blog do Juca Kfouri.



29 de julho de 2010

Papel aceita tudo



Entrou em vigor ontem, nos jogos da Copa do Brasil e da Libertadores, o "novo" Estatuto do Torcedor, anunciado pelo Presidente Lula. A partir de agora, tumultos e violência nos estádios, venda de ingressos por cambistas e fraude nos resultados dos jogos serão tratados como crimes. Será que isso é alguma novidade? Pelo que sei e pelo que já ouvi em entrevistas de alguns advogados à imprensa, as punições para tais atitutes já eram previstas pelo Código Penal Brasileiro, só não eram cumpridas. Será que agora quem cometer violência nos estádios, a ação de cambistas e a fraude, de qualquer natureza, serão motivo de punição só porque entraram no Estatuto do Torcedor? Acho difícil, pois em 2002 quando foi sancionada a primeira versão do Estatuto, várias medidas não foram cumpridas e vingou apenas a de que o Campeonato Brasileiro passaria a ser disputado em pontos corridos.

A única novidade mesmo é o reconhecimento da existência das torcidas organizadas. A partir de agora as instituições serão responsáveis pelos atos de seus membros. Todos eles precisarão se cadastrar e responderão civilmente, caso causem confusões dentro ou fora dos estádios. Esta medida é uma boa. É uma imitação da lei de tolerância zero aos hooligans que quase acabaram com o futebol inglês, mas que foram duramente reprimidos pelas leis daquele país. Resultado disso é que, hoje, a Premier League é competição nacional mais forte, organizada e rica do mundo. Ou seja, lá na Inglaterra a lei foi aplicada. E aqui no Brasil, será que a lei funcionará? Porque se for da maneira que estão dizendo, metade da verba destinada à construção de estádios para a Copa de 2014 - pois o "Novo" Estatuto tem a ver com a Copa no Brasil - deverá ser distribuída na construção de presídios e delegacias para atender a grande demanda.

No entanto, o Estatuto poderá ser suspenso pela Fifa durante a Copa, pois alguns itens vão contra alguns compromissos da entidade. Como, por exemplo, a proibição de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol. A Fifa tem contrato com a Budweiser (dos mesmos donos da Brahma), que obriga a venda da bebida durante os jogos. Se proibindo a ingestão de álcool nos estádios brasileiros a violência ainda permanece, imaginemos se a entidade conseguir liberar a bebedeira?

Cânticos que ofendam os adversários também estão proibidos e a torcida pode ser punida. Mas será que quando o árbitro errar feio contra o time da casa, os torcedores vão conseguir ficar calados? Ou vão aplaudi-lo? Mas, com certeza, as palmas serão mesmo para o Governo Federal se todas essas leis "pegarem" e aí podermos ter de volta as famílias nos estádios de futebol.

Fábio Rocha é estagiário do Meio-de-Campo

27 de julho de 2010

“Mineiros” na seleção

Apenas dois jogadores de times mineiros foram chamados, ambos do Atlético. Como explicar isso sendo que o time é o vice-lanterna da competição?

No caso do atacante o fato se deve muito mais pelas atuações do ano passado do que propriamente da temporada atual. Tardelli é referência no Atlético e com Vanderlei Luxemburgo ainda não deslanchou, assim como a equipe. O jogador provou que pode sim ser atacante da seleção, mas precisa mostrar isso com a camisa amarela.

Quanto a Réver, acredito que será um dos titulares na seleção. Mano conhece bem o zagueiro que será apresentado hoje na Cidade do Galo, por isso, ainda não pode ser avaliado como jogador do Atlético.

Para muitos, outros jogadores de clubes mineiros deveriam estar nessa convocação. Fábio, do Cruzeiro, chegaria a Copa com 34 anos, ainda em boas condições. Mas não acredito, uma vez que até agora, não teve oportunidades. Diego Souza também poderia ser lembrado só que este ano jogou pouco e ainda não mostrou qualidades que fizeram dele o melhor jogador do campeonato brasileiro do ano passado.

Pra mim uma chance de veria ser dada a um jogador que há pouco deixou Minas para se tornar mais um dos “Meninos da Vila”. Danilo (19), ex-América é talentoso e atua bem como ala, característica que Mano afirmou preterir para ter uma linha de quatro na defesa, o que pode dificultar uma futura convocação.

O fato é que seleção de Mano é boa e tem a chamada reformulação tão pedida por todos e necessária para a Copa de 2014. Que os times de Minas mostrem mais jogadores e que Mano esteja atento aos garotos que passam por aqui.

Cláudio Gomes é editor-chefe do Meio-de-Campo

26 de julho de 2010

O Fim de um Esporte

Abro o caderno de Economia do jornal e não consigo achar as notícias sobre o GP da Alemanha. Nenhuma linha. Procuro a página dos indicadores econômicos, pode ser que pelo menos eu consiga ver o resultado. Nada. Então me lembro de procurar no caderno de Esportes...e pasmem, está tudo lá: notícias, comentários, gráficos , tabelas, fotos...Tudo como se a Fórmula 1 fosse um esporte de verdade. Quando todo mundo sabe que até uma corrida de Mário kart tem mais credibilidade.

Esta história já cansou. a Ferrari mandou o Felipe Massa tirar o pé. O Felipe Massa acatou a ordem ilegal. Todas as justificativas que ouvi falavam em negócios, empresas, milhões. Ninguém falou em vitória, triunfo, heroísmo, coragem ou mesmo fracasso.

Os pilotos continuam arriscando a vida por um punhando cada vez mais rechonchudo de dólares. É um esporte com emoção de bolsa de valores.

Aliás não é mais esporte, desde ontem.

Foi anunciado, não oficialmente, o descredenciamento da Fórmula 1 como uma competição esportiva onde os melhores vencem e os piores lutam.

Já vai tarde!



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Charge do Duke

www.dukechargista.com.br

22 de julho de 2010

Onde está a ossada?

O torcedor atleticano quer saber. O Brasil inteiro quer saber: onde está a ossada?
Não, não estou falando de um crime envolvendo um famoso goleiro.
Equipes treinadas, e também não estou falando de jogadores de futebol, vão revirar a terra da Cidade do Galo. Esquadrinhar cada centímetro de chão e cavar, cavar até encontrar. Mas encontrar o que mesmo?
Seria uma cabeça de burro enterrada a responsável por todos os percalços atleticanos ?
Para os supersticiosos com certeza. Afinal, como explicar o fracasso do Clube que tem o melhor centro de treinamento do Brasil, um dos melhores treinadores do Brasil, que mais contratou jogadores neste campeonato brasileiro?
Sinceramente, é mais fácil acreditar numa cabeça de burro enterrada. Então, mãos a obra escavadores.

16 de julho de 2010

O melhor ataque...

Um grande time começa por uma boa defesa. Assim sendo, Cruzeiro e Atlético precisam ficar atentos. Na volta do Brasileirão, o Atlético levou dois gols e passou a ter, de novo, a zaga mais vazada da competição.

Dois gols em uma partida não é o fim do mundo, claro que não. O problema é que foram feitos pelo time que tinha, até então, o pior ataque do Brasileirão. A forma como eles foram sofridos também preocupa. O primeiro, em uma indecisão de Jairo Campos e Serginho, a bola ficou limpa para o adversário. O segundo foi um lance digno de uma comédia pastelão. Chutão pra frente e Fábio Costa foi enganado pelo quique da bola, o que deixou o gol escancarado para o toque do atacante.

No primeiro confronto pós Copa, o ataque atleticano mostrou boa capacidade técnica, com toques rápidos e envolventes. Mas a defesa...

Já o Cruzeiro não levou gol. Mesmo sem Leonardo Silva, que se recupera de contusão e se tornou referência na equipe, o sistema defensivo vai bem obrigado? Não é bem assim, o que vai bem, e não é de hoje, é o goleiro Fábio, que tem garantido muitos dos resultados positivos obtidos pelo time.

Não foram poucas as vezes em que atacantes adversários estiveram frente a frente com o goleiro cruzeirense, em situações criadas por falhas na defesa. Mas Fábio é, sem dúvida, o diferencial do Cruzeiro.

Enquanto os zagueiros não se acertam, a esperança dos Atleticanos é que o Fábio alvinegro possa suprir a deficiência, muitas vezes, operando milagres, como os que o Fábio cruzeirense anda fazendo.

Luciano Moreira é apresentador do Meio de Campo e escreve às sextas-feiras