É estranho ver que em pleno começo de verão, término de primavera, uma paisagem de inverno europeu estampado em todas as capas dos jornais da capital mineira. A chuva de granizo, no fim de setembro, que cobriu até mesmo o Mineirão deixou claro que agressões à natureza mudam o clima do planeta.
Atualmente passamos por uma crise financeira que abala o mundo e o imponderável mais uma vez aparece. O estado tem de intervir para manter o sistema capitalista (eu hein!?).
Deve ser por essas e outras que a seleção brasileira resolveu empatar mais uma. A torcida parece ter percebido essa mudança e deixou de ir ao estádio (o horário foi mais que imoral também).
Com o zero a zero de ontem o Brasil completou três partidas consecutivas que não vence como mandante nas eliminatórias da Copa de 2010. A pior marca da história do país na seletiva para um mundial. Outra marca negativa é que o ataque da nossa seleção nunca havia passado três jogos seguidos no Brasil sem balançar as redes do adversário em eliminatórias.
Ver e ouvir Dunga dizer que estão inventando uma crise e que o segundo lugar é bom chega a doer o ouvido.
Tudo bem! Ficar em segundo não é lá de se lamentar, afinal estaríamos classificados, mas queremos garra, técnica, tática, pelo menos vontade e isso ninguém vê na seleção faz tempo.
Foi-se o tempo do bom futebol. Ele mudou! E o torcedor também. Pelo menos uma coisa não muda: a paixão.
A paixão pelo time do coração está cravada no peito e ecoa nos gritos de Zêêêêro e Gaaaalo que ouvimos ontem nas filas para a compra de ingressos e vamos ouvir até o dia do clássico.
Pode ser que não vejamos um jogo dos tempos de Reinaldo ou de Tostão, mas certamente emoção não faltará.
Ainda bem que certas coisas não mudam!
Cláudio Gomes escreve as quintas-feiras
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