27 de outubro de 2008

Raça e união, dentro e fora do campo

Um telespectador do Meio de Campo ou internauta deixou um comentário sugerindo que Alexandre Kalil e Sérgio Bias Fortes se unam para conduzir o Atlético pelos próximos três anos. A eleição, como todos sabem, é na quinta-feira, 30 de outubro, e vai ser disputada por três candidatos que estiveram no programa de ontem da Rede Minas. O terceiro candidato, não citado pelo telespectador-internauta, é o Itamar Vasconcellos.

Não vou entrar no mérito de quem deve ser eleito, ainda que eu, como todo o mundo, tenha um palpite forte sobre o resultado das eleições. Mas o que quero destacar nas primeiras horas desta segunda-feira aqui no blog é que o internauta tem razão: o Galo precisa unir forças.

No debate, se não ficaram claras as propostas – em parte pelo formato de TV, que é meio avesso ao debate, em parte porque a discussão mereceria no mínimo uma hora em vez de dois blocos de 18 minutos –, saltou aos olhos que, em termos de discurso, Alexandre Kalil fala uma língua que os atleticanos reconhecem.

Na quinta-feira, um conselho de 420 e tantos membros – que nem de longe representam os desejos da torcida condoída do alvinegro – vai escolher os dirigentes que têm pela frente recuperar uma empresa falida sobre a qual pesa o sentimento de afeto de uma nação. Uma tarefa que remete à raça cantada no hino.

Um dia antes de definir seu futuro, o Galo pega o Coritiba lá no Sul. Do jogo contra o Internacional, apesar do mau resultado, os jogadores em campo mostraram luta e determinação, uma boa notícia a esta altura. Talvez o centenário, ao final de tudo, não tenha sido perdido. O tempo nunca é em vão quando nos obriga a pensar e acertar contas com as nossas escolhas.

Alexandre Freire escreve às segundas-feiras.

2 comentários:

  1. Alex, meu bom, tive o prazer de participar como convidado do debate deste domingo, e considero sua síntese redonda.
    O que gostaria de acrescentar é que, assim como nós,jornalistas, os telespectadores talvez tenham saído um pouco frustrados ao final. Perceba que faltou clareza e objetividade sobre o que fazer do clube no futuro. Sobretudo quando o assunto é dinheiro - e essa é a corda que aperta o pescoço do Atlético. Daí não vale dizer, como o Kalil, que o problema atinge todos os outros clubes. Fato é que nem ele, tampouco Sérgio Bias Fortes, disseram que milagre vão produzir para montar um time competitivo. E tromba-se com o velho dilema: só time competitivo é capaz de garantir conquistas (e retorno financeiro), mas montar equipe forte custa caro. Faltou dizerem por onde vão começar...

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  2. O q a torcida quer é resultado em campo. Com o time dando alegrias, as críticas fora das 4 linhas diminuem. Mas acho tb q faltou clareza aos candidatos.

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