Os analistas de futebol já disseram que o segundo turno do Brasileirão é outro campeonato. Entre as principais razões para tal estão as mudanças nos elencos provocadas pela janela de transferências; o desgaste crescente da competição que, aos poucos, revela quem não tem fôlego para atingir objetivos (seja de aspirar ao título ou a Libertadores, seja, na parte de baixo da tabela, de evitar a queda para Segunda Divisão); e o desempenho, em si, no segundo turno, visto isoladamente, que acaba sendo a resultante dos fatores citados somada a outras questões – um técnico ou time que tardiamente se encaixam, algum acontecimento extra-campo, enfim, há algumas possibilidades.
Uma olhada na classificação do segundo turno sugere algumas hipóteses. Goiás lidera, o que possivelmente lhe garante uma vaga na Libertadores. Palmeiras e Flamengo ocupam a segunda e terceira posição, respectivamente, o que os coloca como favoritos ao título, dentro desta lógica. O Cruzeiro aparece em sétimo, atrás do São Paulo, o que acende luz vermelha em relação ao título, ainda que consolide as pretensões de disputar a Libertadores.
Em relação ao lado de baixo da tabela, Vasco e Portuguesa serão rebaixados, pois figuram na zona da degola nas duas listas – a consolidada, até a rodada atual, e a do segundo turno. Com boas condições de ir para o brejo também aparecem Atlético-PR e Náutico.
O Ipatinga está melhor que o Galo no segundo turno. O Tigre aparece em décimo-terceiro lugar, ou seja, pode ser que escape se conseguir vencer compromissos em casa. O Atlético-MG está duas colocações atrás do Ipatinga! Insucessos agora contra Flamengo e Cruzeiro podem ser desastrosos. Má notícia para o centenário alvinegro, que não vive uma semana sem sobressalto.
Bom, são números apenas. O futebol já deu provas suficientes de que não é pautado pela matemática, pois os fatores que determinam seu resultado fogem do controle de uma ciência, qualquer que seja. Mas o segundo turno manda mensagens. Para os mineiros, elas são de alerta para Cruzeiro (em relação ao título) e Atlético (risco de rebaixamento). E de esperança para o time do Vale do Aço.
Alexandre Freire escreve às segundas-feiras
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