Os três times da capital nutrem, há anos, uma dependência quase química de alguns profissionais. Composição entre treinador e equipe que deu certo em uma ou outra oportunidade, o que justifica a recaída.
Vejo agora o retorno do técnico Flávio Lopes ao América. Ah!!! Os torcedores vão se lembrar que ele foi campeão mineiro em 1993. Quinze anos se vão da façanha comandada em campo por Flávio e olha ele aí outra vez!
Os dirigentes invocam o perfil profissional do contratado, mas esquecem-se de outras fracassadas temporadas vividas com ele. E isso não é exclusividade do Coelho. Os outros dois times de Belo Horizonte também desenvolveram essa relação.
Atlético e Cruzeiro se viciaram em Levir Culpi na década de 1990. Essa dependência se estendeu pelos anos 2000. E os dois maiores de Minas tiveram bons motivos para voltar a se servir do treinador.
O primeiro a depender dele foi o Galo, campeão mineiro de 1995. Onze anos depois, Levir Culpi foi um dos responsáveis pelo resgate da dignidade alvinegra. Certamente, a qualquer turbulência no comando técnico do time, qualquer que seja o profissional que lá esteja, o nome do técnico campeão da Série B é lembrado. Vale citar também a procopiomania que parece ter sido superada.
A Raposa também se viciou em Levir Culpi, e foi em 1996, com o bi da Copa do Brasil. E usou o treinador em outras ocasiões até perder o título estadual para a filial de Ipatinga. Ali acredito que o clube estrelado tenha deixado de ser culpinômano. Mas, pelo mesmo motivo, o Cruzeiro já dependeu de Marco Aurélio, o técnico do tri da Copa do Brasil em 2000. Isso sem contar o PC Gusmão, subproduto de Vanderlei Luxemburgo.
E a dependência de Luxa seria a mais justificada, principalmente pela qualidade técnica do time campeoníssimo de 2003. Só que os dirigentes cruzeirenses agiram rápido e impediram que ela se instalasse na Toca da Raposa. Mas, para a china azul, a luxemburgomania ainda corre nas veias. Quem sabe um dia...
Eduardo Almada escreve às quartas-feiras. Envie seu comentário.
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