18 de setembro de 2008

A renúncia: guardadas as devidas proporções

Quem diria, hein??!! Um homem da “envergadura” de Luiz Otávio Mota Valadares, o popular Ziza, teve coragem de renunciar. Depois de ter garantido que não sairia “em hipótese alguma”, Ziza Valadares sucumbiu e renunciou ao cargo de presidente do Atlético.

A resistência do sucessor de Ricardo Guimarães durou pouco mais de um ano e meio. E o que o ex-diretor de futebol, guindado à condição de principal executivo do Clube Atlético Mineiro pelo título da Série B, conseguiu? Criar um time sem identidade que, de tanto dar desgosto, acabou órfão de quem mais o ama – a torcida. Uma nação inteira que agora vê o principal dirigente abandonar a nau à deriva.

E por falar em nação, vale lembrar que Ziza justificou sua decisão nas pressões e críticas que vinha recebendo, assim como aquele presidente que ficou famoso pelo mote da vassourinha. É, aquele que renunciou há quase cinqüenta anos!!! São quadros parecidos, com o perdão do trocadilho. Isso porque, tanto em 1961 quanto em 2008, as forças ocultas, vistas como terríveis, serviram para explicar o ato de abandono.

A diferença nos cenários políticos está na pretensão dos renunciantes. Se Jânio, ao renunciar, imaginava retornar ao poder “nos braços do povo”, o agora ex-presidente atleticano pode “tirar o cavalinho da chuva”. O pobre eqüino pode se cansar de esperar ou então ser vitimado por um desses temporais de granizo.

Eduardo Almada

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