A doze rodadas do encerramento, o Brasileirão ganha claras linhas entre as equipes. Ao título, aposto em Palmeiras ou Cruzeiro. São os times que jogam com alegria, coisa que anda sumida e os diferencia do líder Grêmio, do burocrático Celso Roth.
Deu gosto de ver ontem o jogo entre o time da Toca e o Figueirense. Mesmo tomando a virada, quando o Figueirense marcou o terceiro gol, o time de Adílson Batista manteve uma atitude agressiva e conquistou a merecida vitória na casa do adversário.
Em São Paulo, o Palmeiras de Luxemburgo confirmou as expectativas de que briga pelo título. Vencer o Vasco não chega a ser um feito, mas a estréia de Renato Gaúcho no comando do time de São Januário, candidatíssimo ao rebaixamento, tornava as coisas mais complicadas um pouco.
Bom ver que mesmo num campeonato equilibrado e nivelado por baixo, começam a despontar na reta final os times que jogam bonito e com eficiência. Têm toque de bola, meios de campo que fazem a diferença, atacantes que definem.
Com foco nos mineiros, o Atlético parece que não corre o risco do rebaixamento. O jogo horroroso contra o Náutico no sábado serviu para mostrar que, com a saída de Ziza, mesmo que as turbulências políticas continuem, a torcida decidiu apoiar a equipe. Quem acompanhou a partida contra o Timbu sabe que o Galo tem um time limitadíssimo e só com a ajuda da lendária camisa 12 fica na elite do futebol brasileiro.
Quanto ao representante do Vale do Aço, pouca gente além do Fábio Pinel acredita na possibilidade de que o time escape do rebaixamento. 2008 chega na reta final e, tirando o Cruzeiro, o futebol de Minas não tem o que comemorar. Nem na série A nem no restante. Vamos ver o que o Ituiutaba ainda consegue na série C. Outro centenário, o Villa Nova de tantas tradições, faz cem anos como o Galo – em branco. E o América a duras penas ficou na terceira divisão.
Pouco para um Estado que já lutou pela hegemonia do futebol brasileiro.
Alexandre Freire escreve às segundas-feiras
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