25 de setembro de 2008

Pirotecnia com dinheiro público

Tem hora que dá vontade de ir embora e pedir para o último apagar a luz. Depois de um ano e três meses do término do Pan, o Ministro do Tribunal de Contas da União, Marcos Vilaça, apresenta o relatório dos gastos da competição. Dinheiro público que serviu, entre outras coisas, para financiar o show pirotécnico na abertura e encerramento do Pan do Rio. Um “espetáculo” que custou R$ 1,3 milhões de reais.

Foi tudo muito bonito. Não faltaram fogos. Mas com esse dinheiro é possível bancar alguns bons projetos sociais que não contam com um tostão do governo. Projetos sérios que formam atletas e vêem esses mesmos jovens, com potenciais, deixando o esporte por não terem oportunidades. Muitos partem para ganhar um salário e manter a casa.

As minguadas medalhas conquistadas nas olimpíadas são reflexo disso tudo. O atleta brasileiro tem que comemorar mais que qualquer um, pois as dificuldades são grandes. Já o país, tem muito que aprender, e quem sabe um dia, o jovem que não teve a possibilidade de ganhar uma medalha olímpica, não veja o filho conquistar o sonho do pai.Obs.: depois do São Paulo Futebol Clube, que garantiu R$ 17 milhões, e do Atlético Mineiro, outros R$ 11 milhões, agora é a vez do Santos captar R$ 4,1 milhões da Lei de Incentivo ao Esporte. Lembra da história do filho ganhar a medalha que o pai não conquistou. Esquece!

João Paulo Ribeiro

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