Tive a oportunidade de produzir e dirigir o documentário “Histórias de uma Paixão Centenária” sobre os 100 anos do Atlético que a Rede Minas exibiu na semana do aniversário do clube.
Durante as entrevistas e estudos feitos na produção, pude perceber que várias coisas no Atlético foram feitas no improviso. Desde o campo no Parque Municipal, passando pelos alojamentos sob a arquibancada de Lourdes e a Vila Olímpica (clube social e centro de treinamentos) até os dias de hoje parece que pouca coisa mudou.
Passada uma semana da renúncia de Ziza Valadares ninguém assumiu o comando do clube e a eleição chegou a ser considerada secundária. Agora o ex-presidente Afonso Paulino diz que é o diretor de futebol do Atlético e não vai - e nunca irá - ser remunerado para exercer qualquer função dentro do clube.
Deixo aqui mais uma vez algumas perguntas. Como fica a situação do diretorde futebol Alexandre Faria que foi contratado e recebe para exercer essa função? Se ele não for mais o responsável pelo futebol, o Atlético vai continuar pagando o seu salário? Se ele for demitido, quem vai negociar sua rescisão contratual? Como fica o clima entre os jogadores e treinador que até então eram subordinados a Alexandre Faria?
Agora me responda essa. Você assumiria um cargo de diretor de uma empresa com uma dívida de R$ 220 milhões, sob a pressão de milhões de“consumidores” insatisfeitos, que ameaçam sua família e arrombam seu local de trabalho, subalternos limitados, uma folha salarial impossível de ser paga até o fim do mês e com a concorrência atropelando seu mercado deforma avassaladora sem receber um centavo por isso?
Cláudio Gomes escreve às quintas-feiras
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