16 de abril de 2009

Obama só quer "Sóquer"

O presidente dos Estados Unidos quer que a Copa do Mundo de 2018 ou 2022 seja realizada na América. Barak Obama afirmou ontem que conheceu o esporte mais popular do mundo aos seis anos de idade quando morava na Indonésia.

A história da Indonésia remonta à Era Cristã, época que sofreu muita influência da Índia e da China, passando pelos Otamanos até chegar aos Europeus que lutavam pelo domínio do comércio de especiarias. A Companhia Holandesa das Índias Orientais assumiu o monopólio até a Segunda Guerra. No conflito, a Holanda foi ocupada pelos alemães e perdeu a colônia para os japoneses, que até hoje interferem na política do país.

Um pouco da história da Indonésia serve para contextualizar a intenção do líder estadunidense. Obama vem de uma família de classe média, negro e envolvido com movimentos sociais desde a época universitária – o presidente americano tem uma consciência antropológica.

Para Obama, o “futebol é o esporte do mundo e a Copa do Mundo promove a amizade em todo o planeta.” O presidente que ficou conhecido na campanha como “ Obama Paz e Amor” quer usar o esporte bretão para promover um clima pacifista, num país que sempre agiu como polícia do mundo para impor seus ideais.

Em 94 o Brasil acabou com o jejum de 24 anos ao conquistar o quarto título mundial nos Estados Unidos. Na ocasião o então presidente Bill Clinton sequer participou do evento final. A entrega da taça foi feita pelo vice Al Gore ao capitão Dunga.

Naquela oportunidade uma frase ao fundo do Rose Bowl me incomodava: “Make the History of Soccer”. Espero que Obama, caso consiga realizar outro mundial em solo americano, não mude o nome do esporte que ele aprendeu a gostar na Indonésia. Que o líder da maior economia do mundo e que se mostra tão preocupado com questões globais chame a nosso jogar bola de futebol ou “football” como os holandeses ensinaram os indonésios.

Obs.: se ele quiser mudar o treinador brasileiro, pode ser agora.

* Futebol nos Estados Unidos é “soccer”

Cláudio Gomes é editor de Esportes da Rede Minas

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