“A culpa é toda do Leão! Foi ele quem fez a massa sonhar!”
O desabafo acima, de um atleticano desconsolado, foi registrado quando os gritos cruzeirenses arrefeceram, cansados de tanto gozar os desafortunados adversários pela inquestionável superioridade celeste.
Pensando bem, o desabafo do torcedor tem algum sentido. Fazer sonhar é algo de grande responsabilidade. As pessoas quando sonham, esperam que ele se realize, e vivem por antecipação as possibilidades de gozo de seus devaneios.
O atleticano – o da mesa de bar e tantos outros – sonhou quando Tardelli assumiu a artilharia, sonhou no momento em que o Galo terminou a primeira fase do Mineiro na liderança, sonhou diante da série de vitórias alvinegras, que deu à mídia material para construir castelos de areia.
A diferença fundamental entre o sonho cruzeirense e o atleticano hoje é que o primeiro tem base na realidade de administrações bem-sucedidas, planejamento, investimentos em infraestrutura, contratações acertadas.
O sonho atleticano é ilusão. Ilusão sobre o que o time significa no contexto nacional, sobre o tamanho de sua torcida, sobre suas reais chances de competir quando o Galo atravessa as fronteiras de Minas.
Da ilusão ao sonho, o percurso é necessariamente longo. Demanda trabalho, esforço, planejamento. Coisas que só muito recentemente o time centenário incorporou ao seu dia-a-dia. Do jeito mais difícil, a torcida do Galo recebeu ontem mais uma lição: a de que, no futebol contemporâneo, só camisa, tradição e amor não bastam.
Desde ontem, tanto aquele torcedor desconsolado quanto o resto da massa estão mais perto de admitir que é hora de exigir, além de raça no estádio, administrações competentes o tempo todo. Então voltar a sonhar será mais possível. Ou menos doloroso.
Alexandre Freire
A imprensa mineira é que cria a espectativa, mistura paixão com jornalismo e confere aos "feitos" do galo uma dimensão muito, muito maior do que a realidade.
ResponderExcluirEu, como cruzeirense, fico assistindo de camarote!!! Saudações celestes!!!!
Muito lúcida a matéria. Sou cruzeirense e há muito me irrito com a estratégia do Leão e do Kalil, de desviar a atenção, partir para o lado emocional, enganar, fazer acusações ( como a de que ha uma quadrilha na arbitragem e na FMF) e não apresentarem provas nem serem punidos, nem mesmo questionados pela rádio e TV de maior audiência. Parece que os entrevisadores têm medo do Leão: não o confrontam e deixam que ele conduza a entrevista e joque para a galera. Deu no que deu. Enquanto ficam enganando a torcida ,desviando a atenção, meu time time vai crescendo e papando os títulos.
ResponderExcluirAlexandre Ezequiel deixou um novo comentário sobre a sua
ResponderExcluirpostagem "Ilusões (alvinegras) perdidas":
Só o Mineiro esta perdido!!!!
Não vou falar que o Galo esta perdido porque perdeu um classico e o
campeonato mineiro, foi uma derrota humilhante, e que com certeza
nenhum atleticano esperava, por isso tanta dor nos corações alvinegros.
Mas o Galo nao perdeu porque o Cruzeiro é superior, e tem um melhor
elenco, mesmo porque o Cruzeiro nem mostrou isso na primeira fase.
O Galo perdeu porque não quis ser campeão, um time que joga pra ser
campeão nunca escala 4 volantes, e 3 zagueiros.
Em 2008 o Galo tomou a mesma goleada nos mesmos erros, quis segurar o
cruzeiro no campo de defesa pra sair jogando, e quando saia tomava gols.
O futebol moderno que se joga hoje em dia na Europa so funciona pra
eles, porque la, eles dão espaço pra jogar, deixa o time rodar a bola
de um lado para o outro, e o futebol brasileiro nao é assim, aqui nao
tem espaçao pra fazer isso, muitas das vezes tem muito mais vontade em
campo, que tatica ou tecnica.
O Galo tentou reforçar o meio de campo porque é onde o Cruzeiro tem sua
maior força, mas o Galo tentou fazer isso com dois voltantes que nao
armaram jogadas e nem defenderam, O Marcio Araujo e o Carlos Alberto
entraram em campo pra poder levar o time do galo pra frente e ajudar na
marcaçao e nao fizeram nem um e nem outro, e quando subiram ao ataque
nao conseguiram armar e nem concluir as jogadas e o pior de tudo
voltavam trotando, com isso o galo perdeu sua lateral esquerda, que é
um ponto forte do time porque o Junior nao podia subir,
consequentemente o time do Galo nao tinha nenhum poder de ataque.
Ontem o Leão, um treinador que merece todo meu respeito por tudo que ja
fez em toda sua carreira de atleta e treinador, teve a infeliciade de
armar um Atletico como um time pequeno, tanta coisa que ele podia
fazer, para suprir a falta do Eder Luiz, que com certeza parte da
torcida que o critica viu a falta que ele faz.
Como o Atletico nao precisava fazer o resultado poderia armar um time
mais leve para surpreender o Cruzeiro, e poderia ate sair com uma
vitoria do classico.
Postado por Alexandre Ezequiel no blog Meio-de-Campo em 27/04/09 13:29
O Alexandre está certíssimo em sua análise. Hoje, no segundo jogo, vi que o Leão na verdade é um grande artista. Criou uma confusão sem sentido ao final do primeiro tempo, sendo que ele foi o maior responsável pela derrota por 5 a 0 por causa de uma escalação covarde. Saudações alvinegras, com esperanças de dias melhores!!!
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