Dois fatos chamaram a minha atenção na rodada desta quinta-feira, pela Copa KIA do Brasil 2009: a eliminação do Botafogo e a derrota do Fluminense. Zebra? Bom, eu vi os dois jogos.
No Engenhão, quase 20 mil torcedores tentaram empurrar o Botafogo contra o Americano. O time da cidade de Campos, no interior do Rio de Janeiro, havia vencido o jogo de ida por 2 a 1.
A equipe do técnico Ney Franco não jogou bem. Abriu o placar aos 18 minutos, em uma bela jogada de Maicosuel com o zagueiro Juninho, mas relaxou depois.
Botafogo cai, em casa, diante do Americano. Foto: Alexandre Cassiano
O Americano passou a atacar mais e equilibrou o jogo. E os donos da casa voltaram displicentes após o intervalo, errando passes e finalizações. Só podia acontecer uma coisa...
O empate saiu aos 20 minutos: Thiaguinho perdeu a bola no meio-campo, Eberson lançou Kieza, que não teve problemas para tocar na saída do jovem goleiro Renan.
Desesperado, o Fogão partiu para o ataque. E de tanto insistir, chegou ao gol da vitória. Boa jogada individual de Maicosuel, que bateu forte, no canto de Jefferson. Aos 47 minutos!
E não houve tempo para mais nada. Resultado: disputa de pênaltis. E o herói virou vilão. Logo na primeira cobrança, Maicosuel chuta na trave. A paradinha não ajudou.
O artilheiro botafoguense na temporada, com 13 gols, foi o único a errar. O Americano ficou com a vaga nas oitavas-de-final e vai enfrentar o vencedor do duelo entre Ponte Preta e Figueirense.
Quer saber? Resultado justo. O finalista da Taça Rio só empolgou no início da partida. Méritos ainda para os visitantes, que não desistiram facilmente e fizeram história no Engenhão.
Fluminense joga mal e perde para o Águia de Marabá. Foto: O Globo
Em Belém, o Águia de Marabá manteve o 100% de aproveitamento ao bater o Fluminense por 2 a 1. Antes, o time paraense havia eliminado o América (2x1 em casa e 1x0 no Mineirão).
O estádio Mangueirão explodiu de alegria logo no primeiro minuto, com o gol de Aleílson, aproveitando a falha da defesa tricolor – fato que desarmou a equipe de Carlos Alberto Parreira.
Mesmo assim, o começo foi equilibrado. As equipes se alternavam nos lances de perigo. Os goleiros Fernando Henrique, do Fluminense, e Ângelo, do Águia, trabalharam bastante (e bem).
Mas a situação se complicou para o time carioca aos 35 minutos. Sinésio, cobrando pênalti, ampliou para os donos da casa. Festa nas arquibancadas.
E o que era ruim ficou ainda pior. Thiago Neves perdeu a cabeça e jogou a bola contra um gandula. Não deu outra: o árbitro Wilton Pereira Sampaio (CBF-DF) expulsou o camisa 10.
Pouco depois, o argentino Dario Conca reclamou de dores musculares e precisou ser substituído. Dor de cabeça para o torcedor tricolor.
E quem parecia estar perdendo era o Águia, que voltou do intervalo pressionando o Fluminense, que só chegava ao ataque com jogadas aéreas – sempre cortadas pela zaga paraense.
Só que o zagueiro Adriano, dos donos da casa, foi expulso aos 32 minutos. Com a igualdade numérica em campo, o atacante Fred, de cabeça, conseguiu diminuir a diferença.
O Fluminense acordou e buscou o empate até o fim, mas o goleiro do Águia e a trave contribuíram para o resultado final: 2 a 1. Mas ainda há o jogo de volta, no Rio de Janeiro.
E, de novo, eu digo que o resultado foi justo. Nos confrontos dos pequenos contra os grandes, venceram os times que levaram a sério o desafio. Melhor para o futebol, que ganha em emoção.
Zebra? Que nada... E teve gente lamentando o empate do Atlético, no interior paulista, contra o Guaratinguetá (eu mesmo achei um resultado ruim).
Fábio Pinel é apresentador do programa Meio-de-Campo.
P.S.: Um amigo me ligou comemorando a eliminação do Botafogo. “Esse ano, pelo menos, não seremos eliminados por eles”, me disse, animado, o atleticano.
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