8 de dezembro de 2008

Nada além do previsível

Quando o embalado São Paulo tomou a frente da tabela no Brasileirão 2008, ficou óbvio que seria muito difícil alguém tirar o título do Tricolor Paulista. O valente Grêmio até que tentou, mas a taça ficou em boas mãos. Nas mãos de quem realmente é diferenciado em relação aos demais, nas mãos do clube brasileiro que tem um abismo separando-o dos outros em termos de organização e infra-estrutura.

Quanto às vagas preenchidas para a Libertadores 2009, também não houve nenhuma surpresa. Mérito para Cruzeiro e Palmeiras pela regularidade. O Flamengo recebeu o devido castigo pela arrogância do seu presidente, o falastrão Márcio Braga. Que lhe sirva de lição. Não se vence uma partida de futebol antes que a bola role.

Entre os classificados para a Copa Sul-Americana também não houve sustos. A lista começa com o castigado Fla e termina com o enxovalhado Flu, sobrevivente da tempestade pós-Libertadores. Mas para essa competição, o difícil é não se classificar e, no meio desse bolo, está o Galo. Ah, o que deve estar sentindo o atleticano ao final do Brasileirão 2008? Alívio por não cair? Decepção pela mediocridade do ano do centenário? Deve ser um misto disso.

Por fim, como se tornou comum nos últimos anos, tem gente grande tomando o bonde para a Série B. O Vasco se juntou aos já rebaixados Ipatinga, debutante sem força para ficar, e à prima Portuguesa, uma agremiação simpática, mas sem fôlego para permanecer na Série A, além do Figueirense, que reagiu tardiamente no torneio.

Mas a imagem que roubou a cena no final de semana que decidiu o Campeonato Brasileiro foi a do desesperado torcedor vascaíno que ameaçou se atirar da marquise de São Januário e acabou salvo pelos bombeiros. Pelo menos nesse sentido, as coisas terminaram bem.

Cyro Gonçalves é jornalista da Rede Minas

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