8 de dezembro de 2008

HEXACAMPEÃO, Melhor time do Brasil, ou menos pior?


Enfim posso comemorar mais um título do meu time. Mas ele mereceu ser campeão? Fiz essa pergunta durante grande parte desse campeonato, e aí cheguei à conclusão que devido à mediocridade do futebol brasileiro atual e o fato de ninguém mais ter merecido, sim ele mereceu.

Como estatístico de ofício, lá prá Setembro comecei a fazer uma tabela invertida do campeonato, onde contabilizava apenas os números “negativos” dos times da parte de cima da tabela, como por exemplo quando um time deixava de ganhar de outro “teoricamente” mais fraco (pontos perdidos), gols sofridos, goleadas sofridas, etc. . . Se essa fórmula fosse aplicada ao campeonato, com certeza o meu São Paulo seria campeão também, pois perdeu o seu último jogo há quase quatro meses atrás. Como torcedor apaixonado, me perguntava como um time com Joílson, Dagoberto, Borges, Hugo, Jean, Rodrigo e cia. poderia ser campeão brasileiro, por outro lado como estatístico, tinha a prova contrária de, senão o São Paulo, quem o mereceria?

Durante muitos momentos deste ano, deixei de ver os jogos ao vivo do meu tricolor e acabei recorrendo a jogos de outras épocas de minha coleção particular de DVD´s (possuo todas as finais que o tricolor venceu desde 1986), não suportava aquele joguinho medíocre, amarrado, chamado atualmente de “ jogo de marcação”. Futebol pra mim, é a seleção de 1982, o título brasileiro contra o Guarani de 1986, a final do Mundial interclubes de 1993, e outros tantos jogos que me emocionam até hoje, mesmo sabendo o resultado. Ah se o Sr. TELÊ tivesse ganhado aquela copa na Espanha, como o futebol seria diferente. . .

Claro, não sou tão inocente, e sei que o êxodo também é uma das principais causas do nível baixo de nosso futebolzinho doméstico, mas a maneira de jogar mudou, isso é inegável. Ainda mais depois do “seu” Parreira ganhar a copa de 1994, aí o tal futebol de resultados tomou o lugar do tão saudoso futebol arte em nosso país, para o azar de todos nós.

O que podemos fazer então, senão torcer para que no ano que vem apareçam novos Éders e Reinaldos no Galo, novos Ronaldinhos e Tostões no Cruzeiro, Carecas, Raís e Kakás no meu São Paulo, novos Zicos e Júniors no Flamengo, novos Falcões no Inter, outro Sócrates naquele freguês que está de volta e tantos outros que não me obrigariam com certeza a recorrer para DVD´s antigos em horários de jogos ao vivo. Isso sem contar o Dunga como técnico da seleção brasileira (risos). Mas isso é uma outra coluna. Obrigado. Saudações TRIcolores e até a próxima.

Eduardo Marcondes é Tricolor e Analista de Processos

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