15 de junho de 2009

O Brasileirão é osso!


Atlético e Cruzeiro têm desafios distintos nas próximas rodadas do Brasileiro. O alvinegro, líder ao final da sexta rodada, além da vitória sobre o Náutico ontem, havia batido Grêmio, Sport e Atlético Paranaense – os dois últimos fora de casa – e empatado com Avaí, em Santa Catarina, e Santo André no Mineirão.

Ainda que esse retrospecto não seja para soltar foguetes, como tende a fazer o torcedor do Galo, tampouco pode ser desdenhado, como quer o torcedor rival em Minas. Contudo, é preciso levar em conta que o Grêmio está com a cabeça na Libertadores. Sobraram, portanto, três adversários que não estão entre os mais fortes, ainda que mereçam todo o respeito.

Daí que é no domingo que vem que a onça vai beber água, e é bom o Galo ficar esperto com o Peixe. O Santos na Vila Belmiro parte para cima. Será o grande teste para o Aranha, já promovido a ídolo, e para o sistema defensivo de Celso Roth. Será também uma oportunidade para o ataque atleticano – o melhor, ao lado dos adversários – mostrar que é capaz de bom desempenho em qualquer arena.

Um bom resultado em São Paulo consolida a boa fase e mostra que o Atlético joga para mudar a história no segundo semestre, brigando por uma vaga na Libertadores e, quem sabe, com chances de sonhar com o título.

O desafio do Cruzeiro tem dois tempos. O primeiro é passar pelo São Paulo e ficar com a vaga na semifinal da Libertadores. Basta um empate. O outro é mudar a atitude em jogos fora no Brasileiro. Neles a Raposa tem um retrospecto ruim desde setembro de 2008, quando atropelou o Figueirense. Isso talvez tenha lhe custado o bicampeonato no ano passado.

É verdade que o time celeste enfrentou até agora equipes mais fortes do que as que o primeiro campeão brasileiro teve pela frente em seis rodadas do Brasileiro. Verdade também que foi garfado ontem. O primeiro gol teve cal levantada, o que significa que a bola não ultrapassou a linha sob as traves totalmente, ainda que não possamos querer que os juízes e bandeiras tenham o mesmo olhar preciso das câmeras. Houve por último o lance em que os cruzeirenses reclamaram de pênalti em cima de Bernardo.

No Mineirão, domingo que vem, o Cruzeiro, décimo colocado, recebe o Barueri, cinco posições abaixo. Não deve haver surpresas aí. O desafio do time da Toca é vencer fora. Na era de pontos corridos, bater o adversário na casa dele é fundamental para aspirar às primeiras posições.

O Brasileiro entra na sétima rodada. Dizem que é cedo para saber em que vai dar. Bom não esquecer que dentro da matemática adotada em 2003, cada jogo é decisivo. Isso tudo pode não passar de uma coleção de clichês, mas até por isso é bom levar a sério o desempenho na fase inicial do torneio.

Depois, só mais dificuldades: desgaste, contusões, janela de transferência, o desespero de quem vislumbra a degola, o esforço de quem quer salvar alguma coisa, da Sulamericana para cima. O Brasileirão é osso.

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