25 de junho de 2009

"10" não é só a camisa dele...

Um ídolo. Não como os outros. Esse é diferente. Por que? Pra começar, desconheço outro atleta que tenha recebido seis homenagens em uma única noite – e que estivesse vivo para presenciar isso.

O Cruzeiro abriu a noite de gala com uma placa pelos serviços prestados com a camisa celeste. Depois, uma camisa personalizada com seu nome e o número 10 estampado nas costas. E ainda, concedeu ao craque o status de Ídolo Eterno.

Já a ADEMG (Administração dos Estádios do Estado de Minas Gerais) dedicou um espaço para os seus pés na Calçada da Fama do Mineirão. E na parede uma placa pelo gol contra o São Caetano, na primeira rodada do Campeonato Brasileiro de 2003.

Diga-se de passagem, um ano mágico para os cruzeirenses. Suspenso, não jogou contra o Paysandu quando o time conquistou a Tríplice Coroa, mas isso não diminui em nada o que o capitão – e maestro – da equipe fez pela Raposa.

Por último, a maior das homenagens: o reconhecimento de milhares de torcedores por tudo o que este curitibano, hoje com 31 anos, fez em 123 jogos. Ao todo balançou as redes em 63 oportunidades.

Confesso: fiquei impressionado ao ver, depois de seis anos, a torcida gritando o nome do ídolo e pedindo a sua volta, enquanto ele dava um volta ao redor do campo antes de a bola rolar para Cruzeiro e Grêmio. Um feito para poucos.

Sou fã, admito. Meus 30 anos não me permitiram ver Tostão, Palhinha, Falcão, Reinaldo, Pelé, Garrincha e toda a geração anterior à década de 80. Acompanhei – alguns mais ou menos – os últimos anos de Éder, Zico, Toninho Cerezo, Junior...

Por isso ele está na minha lista dos maiores jogadores que já vi atuando. É diferente em tudo. Na postura em campo e fora dele. Na forma como lida com a imprensa e acompanha os noticiários.

Se você ainda não sabe de quem estou falando: ou está com dor-de-cotovelo ou deve ter menos de cinco anos de idade.



E, além de tudo isso, é pé-quente! Mesmo sem jogar, de certa forma colaborou para a vitória celeste sobre os gremistas na primeira partida da semifinal brasileira na Copa Libertadores. Deu para entender por que Alex não é como os outros?

Fábio Pinel é apresentador do programa Meio-de-Campo.

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