A goleada do Galo sobre o Itabaiana na estréia do alvinegro na Copa do Brasil ontem à noite em Sergipe não é para entusiasmar ninguém. O time da casa, quase amador, mostrou vontade, mas futebol muito pouco. Aliás, a Copa do Brasil, esse bizarro torneio que corta o país de uma ponta a outra reunindo 64 equipes completamente desniveladas, até as quartas-de-finais vale mais pela sua dimensão anedótica do que pelo futebol.
Apesar de o futebol apresentado ontem pelo Atlético não ser digno de nota – não dá para avaliar um time contra adversário tão inferior –, vale destacar a presença de dois jogadores lançados por Leão que marcaram gols contra o Itabaiana: Marcos Rocha e Carlos Júnior.
Marcos Rocha, como lembra o colega da equipe do Meio de Campo João Paulo Ribeiro, pode até acabar repetindo a história de Dedê, o lateral esquerdo que ganhou confiança sob o comando de Leão no Galo em 97 e acabou construindo uma carreira de sucesso no BoRússia Dortmund.
Mas coube ao estreante Carlos Júnior roubar as atenções da noite, quando ao ser entrevistado em campo pelo repórter Odilon Amaral, que lhe perguntou quais tinham sido as instruções de Leão, não titubeou: “O professor me mandou entrar e fazer o que eu sei”.
Carlos Júnior entrou no lugar de Yuri e fez dois gols. No primeiro, acertou um belo chute na entrada da área. No segundo, escorou passe açucarado de Éder Luís. Num jogo sem maior brilho, deu gosto ver a confiança do rapaz. A sofrida torcida alvinegra tem mais um motivo para olhar para 2009 com renovada esperança. No banco, o Galo tem agora Carlos Júnior, que entra para fazer o que sabe.
Alexandre Freire
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