Uma dessas lendas fala sobre a tradição de alguns clubes. Sabe aquela história de que camisa ganha ou não ganha jogo? Pois é...
Para alguns, a tradição sempre fala mais forte. Por exemplo: Itabaiana-SE e Atlético, na quarta-feira passada, pela Copa do Brasil. A lógica diz que o Galo, campeão brasileiro em 71 e várias vezes o melhor time de Minas Gerais, não precisa temer o modesto Tremendão (e, realmente, não tinha motivos para tanto).
Mas para outros o futebol evoluiu. Qualquer timinho é capaz de surpreender os grandes. Exemplo? Copa do Brasil 2002. O ASA, da cidade de Arapiraca, em Alagoas, eliminou o Palmeiras (é, o Palmeiras! Aquele tetracampeão brasileiro, campeão da Libertadores e da própria Copa do Brasil).
Nesta quinta-feira li uma notícia, no mínimo curiosa, sobre uma partida pelo Grupo 3 da Copa Libertadores da América.
O Nacional, do Uruguai, foi enfrentar seu homônimo em Assunção, no Paraguai. De um lado, um tricampeão da Libertadores. Do outro, um clube que conquistou modestos seis títulos da primeira divisão paraguaia - o último em 1946!!!
Sabe-se lá como, as camisas de jogo da equipe uruguaia sumiram. Os dirigentes foram às compras e adquiriram 16 camisas da Umbro - não por acaso, pois é a fornecedora oficial de material esportivo do Nacional-URU.
Camisa provisória e a oficial do Nacional-URU. Foto: GloboEsporte.com
Os números, e principalmente, os nomes dos jogadores - obrigatórios nos uniformes dos times que disputam a competição - tiveram que ser improvisados a menos de uma hora da partida. Nem deu tempo de colocar o escudo nelas...
Mas os deuses do futebol pareciam estar ao lado dos descamisados atletas uruguaios. Não é que eles, aos trancos e barrancos, derrotaram os donos da casa, por 3 a 0? Gols de Fernández, Lodeiro e Mondaini.
Para a imprensa uruguaia, esta foi a melhor apresentação do Nacional em 2009. E não custa lembrar que foi esse time que perdeu por 4 a 1 para o Cruzeiro, em janeiro deste ano, na final do Torneio Verão, no estádio Centenário, em Montevidéu.
Agora só posso concluir uma coisa: camisa, realmente, NÃO ganha jogo!
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