13 de maio de 2009

Rei de Copes

Barcelona: rumo à inédita Tríplice Coroa. Foto: AS.com

Nesta quarta-feira, meu Barcelona sagrou-se campeão da Copa do Rei da Espanha pela 25ª vez em sua história. A final foi disputada na cidade de Valência, contra o Athletic Club, de Bilbao.

Foi de virada. Toquero abriu o placar aos oito minutos de jogo. O empate blaugrano saiu aos 30 minutos, num belo gol de Yaya Touré, volante oriundo da Costa do Marfim.

Na segunda etapa, aos 10 minutos, Messi aproveitou o rebote e chutou, da marca do pênalti, deixando o Barça em vantagem. E três minutos depois, Bojan ampliou.

Para completar, o volante/meia espanhol Xavi – eleito o 5º melhor jogador do mundo pela FIFA – balançou as redes numa cobrança de falta perfeita. Indefensável!

Um grande jogo. Não somente pela vitória do Barcelona, mas pelo bom futebol apresentado (virou rotina!) pela equipe do técnico Josep Guardiola – que é ex-jogador do time catalão.

Tirando os contundidos Henry, Rafa Márquez e Iniesta, e Abidal, suspenso, Guardiola escalou o que tinha de melhor. Poupou apenas Valdés – mas esse não me inspira muita confiança mesmo.

E foi, também, uma revanche. Os clubes decidiram o título num jogo tumultuado, em 1984. O Athletic venceu no campo, mas perdeu na briga. Diego Maradona deu um mau exemplo.



Um torcedor tentou manchar esta nova decisão entre Barcelona e Athletic Bilbao, ao jogar e acertar uma garrafa no lateral-direito brasileiro Daniel Alves. Foi identificado e detido pela polícia.

E também teve protesto político. Tanto o Barça quanto o Athletic são originários de regiões separatistas na Espanha (Catalunha e País Basco, respectivamente).

Antes de a bola rolar, os torcedores dos dois clubes vaiaram o hino nacional espanhol e o rei Juan Carlos I, que acompanhava a partida nas tribunas do estádio Mestalla.

Confira a campanha do campeão:

1ª Fase:
Benidorm 0x1 Barcelona (Bojan)
Barcelona 1x0 Benidorm (Messi)

Oitavas-de-final:
Atlético de Madrid 1x3 Barcelona (3 gols de Messi)
Barcelona 2x1 Atlético de Madrid (Bojan e Gudjohnsen)

Quartas-de-final:
Espanyol 0x0 Barcelona
Barcelona 3x2 Espanyol (2 gols de Bojan e Pique)

Semifinal:
Barcelona 2x0 Mallorca (Henry e Rafa Márquez)
Mallorca 1x1 Barcelona (Messi)

Final:
Athletic Bilbao 1x4 Barcelona (Yaya Touré, Messi, Bojan e Xavi)

Messi: o craque argentino deixou o dele. Foto: AS.com

Viu? Em nove jogos, sete vitórias e dois empates. Campeão invicto! O ataque marcou 17 gols (Messi foi o artilheiro da equipe na competição, com seis). A defesa levou apenas seis gols.

Este foi o primeiro passo para coroar uma temporada perfeita para um time excelente. No final de semana, contra o Mallorca, podemos conquistar antecipadamente nosso 19º título espanhol.

E no dia 27 de maio (ai, meu Deus!) será disputada a grande final da Liga dos Campeões da Europa, contra o Manchester United, do português Cristiano Ronaldo.

Fico aqui, à distância, na torcida por novas conquistas do Barça, reconhecidamente Més que un Club – Mais que um Clube, em catalão.

Ah! E o Rei de Copes - Rei das Copas, em catalão - é porque o Barcelona sacramentou sua posição de maior vencedor do torneio, evitando que o Athletic igualasse o número de títulos.

Fábio Pinel é apresentador do programa Meio-de-Campo.

2 comentários:

  1. Meu amigo, realmente o Barça joga por música! Desfila em campo um futebol encantador, de encher os olhos. É uma resposta gritante para aqueles que ainda permanecem dizendo que o futebol perdeu a magia. Abraços.

    ResponderExcluir
  2. Caro Fábio,

    é muito bom saber que nós torcedores do Barça temos um representante na imprensa mineira.

    Realmente a equipe catalã tem demonstrado até aqui, o futebol mais bonito e envolvente em toda a Europa. Não é à toa que disputará a final da Champions com os Red Devils.

    Méritos totais para o técnico Josep Guardiola que soube tirar o máximo de proveito das peças mais importantes de seu elenco, atuando em um 4-2-1-3, extremamente ofensivo com Lionel Messi e Thierry Henry pelas pontas e com Samuel Eto'o centralizado.

    No início da temporada estive com certas dúvidas sobre qual seria o esquema tático ideal para o Barcelona.

    Em um primeiro momento imaginei um simples 4-4-2 ou 4-2-2-2 - como preferem alguns especialistas -, com um meio-campo composto pelos volantes Keita e Xavi, enquanto Hleb e Messi seriam os homens de criação. Já o ataque contaria com Henry de segundo atacante e Eto'o como centro-avante.

    Mais tarde pensei em uma formação um pouco mais próxima da utilizada hoje, um verdadeiro 4-3-3, com três volantes: Yaya Touré, Keita e Xavi - este um pouco mais a frente, desempanhado uma função parecida com a do Hernanes no São Paulo. Enquanto o ataque seria idêntico ao atual.

    Mas, agora o momento é de total cautela para enfrentar o Manchester. Afinal, o Sr. Alex Fergunson certamente irá preparar uma marcação especial para conter o nosso ataque fulminate.

    Imagine só Evrá tomando dribles desconcertantes de Lionel Messi, enquanto Eto'o com toda sua mejestria deixa Vidic perdido dentro da grande área.

    E Cristiano Ronaldo? Como marcá-lo? A resposta é bem simples. É só colocar o Touré com toda sua força em sua cola, que o homem não jogará absolutamente nada.

    Enquanto isso do outro lado da Espanha, mais precisamente em Madrid, ficamos torcendo para que os nossos rivais se entusiasmem com a candidatura à presidência do empresário Florentino Pérez - aquele mesmo que montou a equipe dos "galácticos" que ficou três temporadas seguidas sem levantar um único troféu -, desta maneira seremos soberanos por mais uns três ou quatro anos, quem sabe...

    Um abraço a todos do programa Meio-de-Campo,

    Ailton do Vale - estudante do 5° período de jornalismo no Uni-BH e aluno do professor Fabrício Marques.

    ResponderExcluir