Eduardo Maluf puxou a fila, depois foi a vez de Kléber e, em seguida, de Adilson Batista. Guerrón e Fernandinho também tomaram outro rumo. Quem ficou, segue para dois amistosos nos Estados Unidos, mas participar da excursão não é garantia de continuidade no clube. Mais gente pode sair e, na altura do campeonato, ou melhor, pelo desempenho da equipe até aqui, o torcedor celeste só sentiria mesmo, a partida de Fábio. O goleiro não vai para a América do Norte, ficou para retirar o apêndice, mas pode carimbar o passaporte para outro continente.
Depois de sete anos, Fábio se tornou ídolo, sinônimo de segurança e, talvez, insubstituível. Apreensivo, o cruzeirense exige a permanência do camisa um. Difícil é segurar o atleta diante de milhões de euros e da tão almejada independência financeira. Com 29 anos, ele nunca jogou em um time estrangeiro e, se não for agora, quando seria?
Para a questionada diretoria celeste, a saída do arqueiro não é um bom negócio. O clube detém apenas 50% dos direitos econômicos do atleta, a outra metade pertence ao próprio jogador. Quem depositar 3 milhões de euros, valor da multa contratual, leva o goleiro, desde, é claro, que ele queira ir.
Fábio diz que quer ficar, mas também não nega o desejo de atuar em um clube europeu. Pesadelo para o torcedor e para os Perrellas. Como encontrar um substituto, à altura, com 1,5 milhão de euros? Só resta esperar e torcer, como nunca, para que a janela de transferência se feche, sem que Fábio saia por ela.
Josy Alves é editora do Meio-de-Campo
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