15 de junho de 2010

Mulheres de Hollanda

O título não é original. É o nome da peça diretor mineiro, Pedro Paulo Cava, onde 14 atrizes contam e cantam o universo feminino nos versos de Chico Buarque, que escreve e compõe como ninguém sentimentos e histórias das mulheres.

Talvez por isso Nelson Rodrigues afirmasse que: “Diante de Chico Buarque, todo homem é um corno em potencial”. E ontem me senti traído. Não pelo Chico, mas pelo seu sobrenome: Holanda.

Com um gol contra e outro, que contou com a sorte, a Laranja Mecânica (que insisto em chamar de Banana-Bananas) não brilhou contra Dinamarca. Eu que espera ver Kuyt, Sneijder, Van der Vaart e Van Persie apresentando um belo futebol, não agradei do que vi em campo. Mas me surpreendi, com algo, muito, muito melhor fora das quatro linhas.

Nas arquibancadas um espetáculo a parte. Talvez inspiradas pela colombiana Shakira, as holandesas mostraram aos marmanjos da bola uma beleza que não buscamos numa Copa do Mundo.
Belas, ousadas e inspiradíssimas as torcedores tiraram, bastante, a atenção da partida. Olhares e câmeras não se cansaram em mudar o foco do gramado para o público, e elas, contribuíram

Mas Chico Buarque de Hollanda se inspirou na maioria das vezes, em mulheres brasileiras e é conhecido pela sua paixão por futebol com seu Polytheama.

Então que as canções dele inspirem também a seleção. E que belas imagens possam ser vistas dentro e fora de campo. Afinal beleza feminina e futebolística o Brasil sempre teve. E se Dunga já traiu a confiança do torcedor, pelo menos que vença jogando feio. Afinal não quero ver brasileira nenhuma torcendo o nariz nas arquibancadas. Um sorriso amarelo é melhor.


Cláudio Gomes é editor-chefe do Meio-de-Campo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário