21 de julho de 2009

Ronaldo. Ponto final.


Ele chegou despojado, com um sorriso no rosto, de havaianas, pronto para eternizar sua passagem por Minas. Colocou os pés na calçada da fama do Mineirão, sorriu mais uma vez e voltou para o vestiário do Corinthians. Há 16 anos, naquele mesmo estádio, o vestiário era outro. O momento era outro. Com a camisa azul celeste, Ronaldo começava uma trajetória única que culminou num apelido quase inquestionável.

Fenônemo. Isso em português, porque a palavra teve que ser usada em várias outras línguas. Se foi no Cruzeiro que ele despontou, foi no mundo que ele se consagrou. Nos clubes holandeses, italianos e espanhóis. Usando a camisa da seleção brasileira por onde a vestiu. Sua genialidade emocionou os quatro cantos do planeta. Quem viveu, viu, e nunca vai esquecer. E quem está vivo certamente ainda verá.

Deixou pra trás contusões e confusões. Para um jogador cujo peso é um dos temas preferidos da imprensa, o que pesou mesmo foi a vontade de seguir em frente. Ronaldo não precisa provar mais nada pra ninguém quando o assunto é superação. Basta ver o que ele anda fazendo com a camisa do Corinthians. No último fim de semana, foi a vez do público mineiro assistir ao vivo e a cores.

Não, ele não corre o campo todo. Não, ele nem sempre joga a partida toda. Mas precisa? Ele sabe decidir. Ele leva a torcida ao delírio. Em outras palavras, ele faz gol e mexe com a emoção dos torcedores. E pra quem ama futebol, precisa de mais alguma coisa?

Carol Delmazo é jornalista e faz "De Salto Alto" para o Meio de Campo

Um comentário:

  1. Não é a toa que o cara é o maior artilheiro da Copa do Mundo.

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