É no eixo Rio-SãPaulo que tudo acontece. Palco dos principais acontecimentos culturais, dos maiores eventos de moda, dos grandes negócios, do poder no futebol.
E aí sempre se levanta a discussão de que os times paulistas e cariocas são mais fortes nos bastidores, sempre conseguem o que querem, impõem opiniões e movimentam os campeonatos da forma como bem entendem.
Mas a imponência desses grandes times não se restringe à atuação fora de campo. Entre as quatro linhas, também fica clara a determinação e a ambição de querer prosseguir do alto, de onde estão.
E ficam os mineiros sempre reclamando que as equipes são prejudicadas e, muitas vezes, massacradas pelos mandos e desmandos de paulistas e cariocas.
Mas respeito também se consegue dentro de campo. Mostrando que quer vencer, que veio para jogar e ganhar. E não para amarelar diante da primeira adversidade ou para deixar tudo ir embora nos últimos momentos.
Onde estão os representantes de raça e amor, os fortes e vingadores tão aclamados no hino do Atlético? E cadê o grande campeão que coleciona páginas heróicas? Principalmente depois da última rodada, o torcedor mineiro está com vergonha.
Que Minas não tem mar todo mundo sabe, mas ninguém quer morrer na praia. Que prestígio vai ter o time que adora um “quase”? Um quase campeão, um quase classificado para libertadores?
Restam três rodadas e uma só oportunidade de contradizer esse triste diagnóstico.
Carol Delmazo é repórter e faz o quadro “De salto alto” para o Meio-de-Campo.
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