16 de fevereiro de 2011

Parabéns para poucos



Hoje é dia do repórter! Deveria ser o dia de todos os jornalistas, afinal é do nosso ofício recolher informações e divulgá-las nos meios de comunicação. Mas o profissional que está na rua tem a peculiaridade de captar em loco a notícia e dar sua versão dos fatos.

Em matérias especiais a ajuda da produção é fundamental. Dados, números, curiosidades que serão explorados pelo repórter estão na pauta que foi elaborada depois de um trabalho minucioso de pesquisa e apuração. Cabe ao repórter utiliza-los da melhor forma e encaminhar a matéria conforme a orientação.

No noticiário esportivo é prática comum a reportagem acompanhar treinos de futebol sem pautas. Cabe ao repórter definir o foco e a estrutura a ser utilizada nas matérias. Como as entrevistas com jogadores e técnico são coletivas, a banalidade tomou conta das perguntas e respostas no dia-a-dia. Isso é mais cômodo e os “profissionais” que temem levar um “furo” se escondem de uma falsa proteção de estarem fazendo uma cobertura completa. Resultado: matérias similares (pra não dizer idênticas) nas TVs, jornais e sites.

Até aí, vá lá! Mas quando chegamos para fazer uma matéria produzida e um “colega” literalmente “chupa” a pauta, sem citar a fonte, o limite da ética é quebrado. E pasmem quem acha que isso é raro.

Aqui no Meio-de-Campo fazemos questão de buscar a originalidade e o diferencial. Muitas vezes a pauta que produzimos durante a semana é destaque em outros meios, sem qualquer citação do programa, produtor ou repórter, nem por isso desanimamos. Afinal o repórter (jornalista) que não sabe perguntar em coletivas dificilmente sabe concatenar idéias e transforma-las em matérias de qualidade. Semana passada, por exemplo, um desses “colegas” errou até mesmo nos dados que perguntou ao nosso repórter.

Por causa disso tudo, os parabéns hoje vão para poucos, mas verdadeiros repórteres.
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Cláudio Gomes é editor-chefe do Meio-de-Campo

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