22 de fevereiro de 2011

Interesses por trás de títulos


“Pra mim não muda nada, pois sempre me considerei Campeão Brasileiro”. A frase foi dita por dois mágicos da bola: Tostão e Zico. Além de terem sido grandes jogadores e ídolos nos times em que jogaram, ambos sabem agir e se expressar.

No final do ano passado, o ex-craque cruzeirense não estava nem aí para o reconhecimento da CBF para o título da Taça Brasil de 1966 e, inclusive, não compareceu à festa concedida pelo Cruzeiro aos jogadores da época.

Agora, com o “decreto de lei” do título Brasileiro de 1987 para Flamengo e Sport, o Galinho acompanhou o pensamento racional de Tostão e afirmou que a “canetada” de Ricardo Teixeira não mudará em nada sua vida. Zico e Tostão estão certos. Quem foi campeão sabe da importância do título independentemente do reconhecimento de alguém.

A consideração dos títulos antigos reflete a total falta de credibilidade do mandatário-mor da CBF. Há anos, RT (atenção tuiteiros: significa Ricardo Teixeira) negou reconhecer como Campeonato Brasileiro os títulos do torneio Roberto Gomes Pedrosa e da Taça Brasil, assim como o Flamengo ser, ao lado do Sport, o Campeão Brasileiro de 1987.

De um dia para o outro resolveu acatar os títulos de 1959 a 1970 como Brasileirão para abafar escândalos envolvendo seu nome na Fifa, mas insistia em negar o reconhecimento do Fla campeão da Taça (des)União de 87. Porém, novos interesses fizeram RT voltar atrás e dar o título ao Mengão. O interesse maior é rachar o Clube dos 13, que inclusive já tentou, sem sucesso, criar uma Liga de Futebol independente da entidade de Teixeira.

Esse é o sujeito que comanda a (des)organização da próxima Copa do Mundo. Se a CBF também fosse responsável pelo Mundial de 2014, correríamos o risco de a seleção campeã só ser reconhecida daqui a trinta anos... mas, claro, se fosse de interesse dela.
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Fábio Rocha é convidado no Blog do Meio-de-Campo

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