2 de setembro de 2009

Como escolher um treinador


Assim como a aspirina, o leite longa vida e o pão fatiado, o treinador de futebol também tem prazo de validade. Infelizmente, nos treinadores esta data não vem impressa como nos alimentos, remédios e bebidas. Por isso, não é tão fácil descobrir. Dá pra desconfiar de algumas situações mas, na verdade, os clubes ainda parecem ter dificuldades na hora da identificação da embalagem.

Renato Gaúcho por exemplo. Quando ele foi contratado pelo Fluminense ninguém acreditou. Tava na cara, nem precisava procurar muito, o prazo de validade estava no fim. não deu outra e Cuca foi contratado para ser o 19º treinador do clube na era dos pontos corridos. O Fluminense é o líder neste quesito no futebol brasileiro. Não por acaso é o lanterna quando o que conta são as vitórias. Agora, será que não dá para reparar bem na hora de contratar um Carlos Alberto Parreira?

No ranking de troca de técnicos o Atlético é o terceiro, atrás do Fluminense e do Flamengo. Foram 15 trocas desde 2003, segundo um levantamento feito pelo GloboEsporte.com. Alguns já estavam fora do prazo de validade, mas ninguém conseguiu enxergar a data em Procópio, Geninho e, mais recentemente, Leão.

Já o Cruzeiro está entre os clubes que contrataram treinadores menos perecíveis. Foram 9 em 7 anos.

O São Paulo é o último colocado neste ranking. Trocou de técnico apenas 6 vezes. Não por acaso é o líder de outro ramking, o de títulos. O Clube soube inclusive identificar quando Muricy Ramalho, o mais longevo treinador da era dos pontos corridos, começou a se deteriorar no CT.

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