23 de janeiro de 2009

Saia justa na Toca

Ao vir a público manifestar seu desejo de jogar no Cruzeiro, o atacante Fred deixou a diretoria da Raposa com um “baita abacaxi” para resolver. Isto porque ele, ao mesmo tempo em que ratificou seu encantamento pelo time da Toca, informou por meio da imprensa que não abrirá mão de um investimento em seus direitos econômicos por parte de seu próximo clube.

O grupo celeste já conta com um batalhão de atacantes que certamente passarão por uma avaliação do técnico Adílson e da diretoria para saber quais deles deixarão o clube no segundo semestre. Será que cabe mais um? Um que faça a diferença, talvez.

Wellington Paulista, o grande investimento recente, e Guilherme, a “mina de ouro”, são intocáveis. O segundo desde que não seja vendido nesta janela européia, claro. Mas o mesmo não acontece com Rômulo, Thiago Ribeiro, Wanderlei, Jael, Soares e Alessandro. Para um time que joga no 4-4-2, como gosta o Adílson, cinco atacantes são mais que suficientes para a temporada inteira. O mesmo acontece em relação aos zagueiros. O próprio Adílson já fez esta análise diante dos microfones.

Se o Fred chegasse, seriam nove atacantes para duas vagas. Fred ostenta o status de ídolo e isso é realmente um trunfo para quem quer iniciar uma negociação de valores, principalmente em tempos de crise. O presidente Zezé Perrela publicou uma nota no site oficial do Cruzeiro (http://www.cruzeiro.com.br/?section=noticias&idn=4207) afirmando que não mediria esforços para trazer Fred caso o atacante possa mesmo acertar com um clube brasileiro.

Ficou subentendido nas palavras do presidente o forte temor de perder o apoio do maior aliado que tem hoje em seu início de mandato: a torcida. O cruzeirense já deve ter imaginado o Fred fazendo um gol no Fábio jogando pelo Palmeiras em um mata-mata pela Libertadores. O Zezé também. Ele sabe que essa hipótese pode vir a se tornar um pesadelo. Então é melhor que ele se esforce mesmo para contratar o ídolo, antes que venha outro mais “esperto”.

Torneio Verão

Até quando pode valer a pena deslocar uma equipe profissional de futebol para outro país em plena pré-temporada para fazer amistosos de luxo? Por incrível que pareça, o Torneio Verão foi produtivo.

O experiente Leão conseguiu começar a corrigir de um jogo para outro uma série de defeitos que sua equipe apresentava. Para o Cruzeiro o torneio valeu não só pelo título, mas também para o Adílson ganhar mais confiança em uma equipe que parece que vai “voar” na temporada, entrosada e com um preparo físico privilegiado.

Quem quiser apostar no sucesso dos mineiros, já pode colocar as fichas sobre a mesa.

Cyro Gonçalves é jornalista da Rede Minas

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