3 de dezembro de 2009

O Rio de Janeiro continua lindo...


Um dos esportes preferidos da imprensa mineira é falar mal do futebol carioca. E a Rede Minas não é exceção. Em 20 de agosto, Alexandre Freire (então Diretor do Meio-de-Campo), escreveu neste Blog, sob o título Futebol carioca em queda livre: "O futebol do Rio abre o returno com dois times na zona da degola e o Flamengo olhando para a parte de baixo da tabela. A Cruz de Malta anda na segunda divisão, lutando contra times menores, gramados ruins e jogos em dias esquisitos." Acho que vale um complemento depois de quase 4 meses: O Vasco é o Campeão da série B, o Flamengo é o provável campeão brasileiro e o Fluminense, depois de uma arrancada histórica, como nunca antes neste país, está escapando do rebaixamento. E para confirmar que toda regra tem exceção: o Botafogo será o sacrificado.
Nada como um dia após o outro.
Citei o nosso Blog para não ficar falando do esfarrapado. Mas há veículos em que a torcida contra é aberta e franca. Mágoa à flor da pele. E como já disse Shakespeare "ressentimento é tomar o veneno e esperar que a outra pessoa morra" . Não vale a pena.
Por isso acho que estou superando esta fase. Ontem me peguei, sem querer, torcendo para o Fluminense contra a LDU. Deu gosto ver a bravura do time. Ou como disse, no Facebook, Lincoln Gomide, um fanático tricolor presente no Maracanã : "estou impactado pela energia incomum, pela beleza, amor e paixão sem fim desse ente sobrenatural chamado Fluminense".
Claro que ele exagerou, mas eu já havia avisado que é um torcedor fanático.
Temos que reconhecer : o futebol carioca está de parabéns. Não estou sugerindo com isso que a imprensa esportiva mineira coloque o rabo entre as pernas e saia de fininho. Mas seria bom esquecer um pouco a grama do vizinho e olhar para a sua. De , por exemplo, dizer para o torcedor atleticano, que já está grandinho o suficiente para ouvir, que o sexto lugar no brasileirão foi o melhor resultado do time nos últimos 8 anos. Mas não agora com o fato consumado, mas antes quando tudo que se ouvia no rádio e lia nos jornais é que o Atlético seria o campeão brasileiro ou , no mínimo, conquistaria uma vaga na Libertadores.
Nada como um dia após o outro.

Túlio Ottoni, Diretor de jornalismo da Rede Minas

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