Nenhum técnico gosta de ser chamado de retranqueiro. Nega até morte a alcunha. Mas ali na zona técnica, vinte minutos do segundo tempo, o time vencendo por um a zero, o que todo treinador costuma fazer?
Sim, ele olha pro banco de reservas, como quem encara uma vitrine num shopping, escolhe o volante de contenção mais forte e manda para o aquecimento. Claro, é um atacante que vai sair. Claro também que o torcedor vai gritar “burro, burro, burro” e sofrer vários ataques do coração até que o juiz apite pela última vez.
Não, não estou falando do Adilson Batista nem do Celso Roth. Estou falando dos dois. Veja bem: as últimas três vitórias do Cruzeiro foram por um a zero, com direito a tomar sufoco no final. As duas últimas vitórias do atlético também foram por um a zero, com os tradicionais suspiros de alívio aos 49 do segundo tempo.
Um aviso aos cardíacos: evitem assistir aos jogos, no máximo vejam o primeiro tempo e depois conferiram o resultado pela internet. Vitórias apertadas, bolas na trave, defesas milagrosas, volantes no lugar de atacantes. Vai ser deste jeito até o fim do campeonato.
Se vier o título ou mesmo uma vaga para a libertadores terá valido a pena. Do contrário, aquele retranqueiro merece mesmo ser chamado de “burro, burro, burro”.
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