No país do esporte mais popular do mundo, são poucas as pessoas que não cultivam uma paixão por um time. Desde crianças, e muitas vezes contagiados por um sentimento que passa de pai para filho, somos instigados a torcer e defender um clube de futebol. O problema é quando escolhemos uma profissão como a de jornalista, onde se deve prezar pela imparcialidade e deixar a emoção de lado para agir com a razão.
Não só no Código de Ética dos Jornalistas, em vigor desde 1987, como no ambiente acadêmico dos cursos de comunicação, o princípio da objetividade é citado como um dos principais deveres de quem tem por profissão informar. Ele prega que a opinião jornalística deve ser pautada pelas informações objetivas, e não subjetivas, ou seja, a notícia deve ser construída de forma imparcial, abolindo impressões ou comentários orientados por valores, preferências e emoções.
Mas é justamente na emoção e na paixão que esbarra o jornalismo esportivo. Quem, antes da graduação, frequentou estádios, torceu, sorriu e chorou pro um time de futebol, se depara com uma nova realidade, uma quase renúncia dos sentimentos constituídos até então, em prol do exercício da profissão. No entanto, não é isso que acompanhamos nas várias transmissões esportivas das muitas mídias encabeçadas por rádio, televisão e jornais impressos.
Comunicadores deixam escapar o amor por uma equipe num comentário exaltado, em uma narração de gol, ou mesmo no uso de palavras mal medidas. Mas, para o bem do jornalismo, não é prudente misturar o ofício com preferências pessoais, seja um time de futebol, um partido político ou uma religião. É dessa forma que a imprensa se mantém imparcial, democrática e objetiva. A paixão do jornalista esportivo deve ser, acima de tudo, profissional. O coração, afoito por vitórias do clube, continua batendo forte, mas a razão deve se impor e tomar as rédeas da cobertura jornalística.
Marlon Neves é estagiário do Meio-de-Campo
Não só no Código de Ética dos Jornalistas, em vigor desde 1987, como no ambiente acadêmico dos cursos de comunicação, o princípio da objetividade é citado como um dos principais deveres de quem tem por profissão informar. Ele prega que a opinião jornalística deve ser pautada pelas informações objetivas, e não subjetivas, ou seja, a notícia deve ser construída de forma imparcial, abolindo impressões ou comentários orientados por valores, preferências e emoções.
Mas é justamente na emoção e na paixão que esbarra o jornalismo esportivo. Quem, antes da graduação, frequentou estádios, torceu, sorriu e chorou pro um time de futebol, se depara com uma nova realidade, uma quase renúncia dos sentimentos constituídos até então, em prol do exercício da profissão. No entanto, não é isso que acompanhamos nas várias transmissões esportivas das muitas mídias encabeçadas por rádio, televisão e jornais impressos.
Comunicadores deixam escapar o amor por uma equipe num comentário exaltado, em uma narração de gol, ou mesmo no uso de palavras mal medidas. Mas, para o bem do jornalismo, não é prudente misturar o ofício com preferências pessoais, seja um time de futebol, um partido político ou uma religião. É dessa forma que a imprensa se mantém imparcial, democrática e objetiva. A paixão do jornalista esportivo deve ser, acima de tudo, profissional. O coração, afoito por vitórias do clube, continua batendo forte, mas a razão deve se impor e tomar as rédeas da cobertura jornalística.
Marlon Neves é estagiário do Meio-de-Campo
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