28 de janeiro de 2011

A caminho do passado

Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Esse era o ataque do Santos na década de 60. Assim, o Peixe venceu a Taça Brasil por cinco vezes e conquistou a Taça de Prata. Cinco atacantes em uma equipe.

Por longos anos, o futebol passou a ser jogado com apenas dois homens de frente. Um centroavante forte, preso na área e bom cabeceador, e um atacante rápido, habilidoso, que criasse as chances de gol.

Em 2010, o Brasil abriu os olhos para uma “nova” forma de montar a equipe. O esquema 4-3-3 ganhou visibilidade nas mãos de Dorival Júnior, e nos pés de Robinho, Neymar, André e Ganso. O Santos, mais uma vez, transformou ataque numeroso em gols e títulos.

São Paulo, Palmeiras, Atlético...tentam seguir o mesmo barco e apostar no setor ofensivo. Mas a receita ainda parece ser um pouco secreta. O que poderia ser encarado como “sacada de gênio”, também pode ser visto como uma volta aos anos 60. O que é bom não deve ser esquecido. A receita é observar o passado e adaptá-lo no presente. Assim se chega ao “esquema do futuro”.


André Cristino é repórter de esporte da Rede Minas

Um comentário:

  1. O 4-3-3 começou a ser utilizado na década de 50. Até então, jogava-se no WM, a Hungria criou a sobra defensiva e as jogadas laterais com o 4-2-4, já recuando Kocsis para o meio. 4-3-3.

    O Brasil foi campeão mundial em 1958 com Zito e Didi no meio. Zagallo, Vavá, Pelé e Garrincha na frente. Zagallo seria o ponta-esquerda, mas voltava para o meio para dar mais força ao setor.

    O Santos do ano passado atuava no 4-2-3-1, esquema muito utilizado na Europa e absolutamente difundido na Copa do Mundo.

    O Palmeiras joga com Luan como meia esquerda, Tinga como meia direita e apenas Dinei e Kléber na frente. "Três atacantes" é apenas a denominação. Na prática não ocorre.

    E Dorival, a princípio, utilizará apenas Jóbson e Tardelli na frente.

    Abraços!

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