28 de janeiro de 2011

A caminho do passado

Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Esse era o ataque do Santos na década de 60. Assim, o Peixe venceu a Taça Brasil por cinco vezes e conquistou a Taça de Prata. Cinco atacantes em uma equipe.

Por longos anos, o futebol passou a ser jogado com apenas dois homens de frente. Um centroavante forte, preso na área e bom cabeceador, e um atacante rápido, habilidoso, que criasse as chances de gol.

Em 2010, o Brasil abriu os olhos para uma “nova” forma de montar a equipe. O esquema 4-3-3 ganhou visibilidade nas mãos de Dorival Júnior, e nos pés de Robinho, Neymar, André e Ganso. O Santos, mais uma vez, transformou ataque numeroso em gols e títulos.

São Paulo, Palmeiras, Atlético...tentam seguir o mesmo barco e apostar no setor ofensivo. Mas a receita ainda parece ser um pouco secreta. O que poderia ser encarado como “sacada de gênio”, também pode ser visto como uma volta aos anos 60. O que é bom não deve ser esquecido. A receita é observar o passado e adaptá-lo no presente. Assim se chega ao “esquema do futuro”.


André Cristino é repórter de esporte da Rede Minas

27 de janeiro de 2011

Paixão Profissional

No país do esporte mais popular do mundo, são poucas as pessoas que não cultivam uma paixão por um time. Desde crianças, e muitas vezes contagiados por um sentimento que passa de pai para filho, somos instigados a torcer e defender um clube de futebol. O problema é quando escolhemos uma profissão como a de jornalista, onde se deve prezar pela imparcialidade e deixar a emoção de lado para agir com a razão.

Não só no Código de Ética dos Jornalistas, em vigor desde 1987, como no ambiente acadêmico dos cursos de comunicação, o princípio da objetividade é citado como um dos principais deveres de quem tem por profissão informar. Ele prega que a opinião jornalística deve ser pautada pelas informações objetivas, e não subjetivas, ou seja, a notícia deve ser construída de forma imparcial, abolindo impressões ou comentários orientados por valores, preferências e emoções.

Mas é justamente na emoção e na paixão que esbarra o jornalismo esportivo. Quem, antes da graduação, frequentou estádios, torceu, sorriu e chorou pro um time de futebol, se depara com uma nova realidade, uma quase renúncia dos sentimentos constituídos até então, em prol do exercício da profissão. No entanto, não é isso que acompanhamos nas várias transmissões esportivas das muitas mídias encabeçadas por rádio, televisão e jornais impressos.

Comunicadores deixam escapar o amor por uma equipe num comentário exaltado, em uma narração de gol, ou mesmo no uso de palavras mal medidas. Mas, para o bem do jornalismo, não é prudente misturar o ofício com preferências pessoais, seja um time de futebol, um partido político ou uma religião. É dessa forma que a imprensa se mantém imparcial, democrática e objetiva. A paixão do jornalista esportivo deve ser, acima de tudo, profissional. O coração, afoito por vitórias do clube, continua batendo forte, mas a razão deve se impor e tomar as rédeas da cobertura jornalística.

Marlon Neves é estagiário do Meio-de-Campo

26 de janeiro de 2011

Crônica do Fidusi

Areditar em Mestre dos Magos, muitas vezes é menos utópico que algumas situações do futebol. O jornalista Fidusi sonhou em um futebol convicente da seleção de 2006 na Copa e...
Confira na Crônica que ele escreveu para o Futebolizando http://futebolizando.com.br/2011/01/26/cronicas-do-mundo-da-bola/

E nas próximas semanas, Fidusi será parceiro do Blog do Meio-de-Campo em outras viagens insólitas.

21 de janeiro de 2011

Jovem América

O América passou com louvor pelas oitavas e quartas-de-final da Copa São Paulo. O time ainda continua invicto e a boa campanha já traz a especulação de utilizar os atletas no profissional. Qualidade técnica, muitos deles têm demonstrado. O goleiro Matheus, o capitão China e Caleb foram nomes importantes na fase de mata-mata.

Mas, pude observar que são jogadores em formação (óbvio?) e que o aproveitamento no profissional poderia ser uma precipitação. Não podemos nos esquecer que são jogadores com até 18 anos. Colocá-los no profissional, com a responsabilidade de assumir a camisa de titular, acredito que seria queimar etapas. Na partida contra o Fluminense, muitos demonstraram um desgaste físico muito grande. Algo que não deve acontecer quando atingirem a casa dos 20 anos e começarem a ganhar cara e contornos de atletas.

Não sou contra a utilização desses atletas. Só a favor da racionalidade no momento em que o time profissional precisar deles.

Obs.: A Rede Minas transmite, neste sábado, América x Bahia, pela semifinal da Copinha. O jogo começa às 17 horas.

João Paulo Ribeiro é produtor do Meio-de-Campo.