23 de agosto de 2011

O valor recebido pelos clubes brasileiros, relativo à cota de transmissão, pode influenciar no desempenho dos times? As boas campanhas de Flamengo e Corinthians têm alguma relação com o dinheiro recebido da TV? Confira na reportagem da equipe do Meio-de-Campo.



22 de agosto de 2011

Meio-de-Campo do último domingo

Da esquerda para direita: Cláudio Arreguy, Fabio Pinel, Luciano Moreira, Guilherme Ibraim e Ricardinho (ex Cruzeiro).

Que mundo é esse?

O papo era futebol, claro! Buteco, cerveja e amigos reunidos, a prosa não poderia ir para outro rumo.


Estava indo tudo muito bem, quando Olavinho solta a pérola:


- Vocês viram que o Brasil desistiu de sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016?


- Vimos sim. E também que o Ricardo Teixeira largou a CBF, pediu desculpas ao povo brasileiro por todos esses anos a frente do nosso futebol - emendou o Mário, mandando um pedaço de picanha goela abaixo.

Fiquei meio sem entender que tipo de conversa era aquela. Procurei um calendário e, ao encontrar um com a foto da Luana Piovani completamente nua, vi que não era primeiro de abril. Antes de processar qualquer informação, escuto mais essa:


- Pois é, e todo dinheiro que seria investido nas obras será aplicado em educação, moradia e erradicação da fome.


Confesso que não sei se fiquei mais espantado com essa notícia ou com o Walfrido falando "erradicação". O cara era um ogro e só fala gíria. De qualquer forma, engasguei com um gole de chopp que o garçom trouxera depois que deixei cair o outro com a primeira notícia. Passado o susto, resolvi entrar no clima:


- O que vocês acharam da rodada do meio de semana do Brasileirão? - Disparei a queima roupa!


- Uai, não teve rodada não, esqueceu? - alertou-me Olavinho. Teve amistoso da Seleção Brasileira, aí o Campeonato para. Por falar nisso, que jogaço, né? 6 a 1 contra a Alemanha não é todo dia...


- Verdade. Mais bacana ainda foi a homenagem a todos os campeões mundiais pela seleção brasileira, entregue pelos jogadores atuais.


- Sério? Mas esses jogadores de hoje não sabem nada da nossa história... - comentei.


- Que isso meu caro. O Robinho falou o nome de um por um! E sem ler!

Parecia que estava numa bolha e que aquela conversa não me pertencia. Mas confesso que estava gostando. E muito. Ou será que meus estimados amigos estavam me sacaneando? Falavam numa naturalidade impressionante. É! Não podia ser mentira. Mas para garantir resolvi cutucar mais um pouco:


- Outro dia vi uma matéria falando do tal João Sorrisão... - fui cortado no meio pelo Walfrido.


- Ainda bem que acabaram com essa palhaçada! Coisa mais estapafúrdia! (O Walfrido estava demais com esse vocabulário!).


- É mesmo - emendou Olavinho - agora quem comemora gol assim é expulso direto!


- Dois jogos de suspensão. Grande CBF! Finalizou o Mário.


Nessa hora meu rosto parecia um misto de alegria, receio, desconfiança e mais um monte de coisa que eu não sei nem o que dizer.


- Acho que ele ficou assim depois da festa com as Panicats na casa reformada no Lar Doce Lar do Luciano Huck. Que orgia foi aquela, hein? - lembrou-me Olavinho.


Deve ter sido isso mesmo, pensei. Como eu não ia lembrar de tanta coisa? Enquanto a conversa desenrolava numa boa, ainda com assuntos que eu nunca imaginei que dariam certo (mas que eram possíveis), fiquei pensando que mundo perfeito era aquele em que eu vivia, sem Ricardo Teixeira, campeonato organizado, seleção brasileira jogando muito, Panicats... Só não sabia que esse mundo tinha hora para terminar. Seis e quinze da manhã, quando tocou meu despertador.

Andre Fidusi é convidado do Meio-de-Campo neste blog.


Charge do Duke


www.dukechargista.com.br

18 de agosto de 2011

Mineirão #1

Durante as reportagens para o Meio de Campo ás vezes temos dificuldades. Ganhamos más respostas, somos mal vindos, mas na maioria das vezes é tranquilo. Mas uma coisa que não podemos deixar passar despercebido é a oportunidade que temos de ver a história se fazendo na nossa frente.


Grandes clássicos, jogadores famosos e seleções são atrativos constantes, e também, sempre emocionantes. Mas poucas coisas são tão históricas para mim quanto uma visita ás obras de reforma do Mineirão.


Certamente a Copa será um marco histórico esportivo, político, social e econômico para o Brasil. Positiva ou negativamente. Ver esse processo de transformação para que isso tudo aconteça, pra mim é surreal. Então não me contento em apenas assistir a história se fazer, participo dela. Sempre que posso, e vou ao Mineirão, registro a mudança do modo que vejo. Um pouco de arte, um pouco urbano, muito imponente. E com meu olhar, espero passar um pouco deste momento que vai ficar eternizado nas fotografias e reportagens que faço.


Aqui no Blog vou compartilhar um pouco destes momentos. Hoje, duas fotos da minha primeira visita ás obras do "Gigante da Pampulha".











Fotografias feitas no dia 15/06/2011 usando uma Canon EOS 30D. Lente 18-55mm.



Bruno Trindade, Jornalista, Repórter e Fotógrafo por amor.

12 de agosto de 2011

I Seminário Futebol nas Gerais


"O Grupo de Estudos sobre Futebol e Torcidas (GEFuT) da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG tem, desde setembro de 2006, se debruçado sobre temas correlatos ao futebol e as torcidas. Desde sua criação o grupo tem como característica a busca pela interdisciplinaridade. Após cincos anos de trabalho, importantes e agradáveis diálogos com colegas de diversas áreas do conhecimento, o grupo tem o prazer de convidá-los a participar de um desejo que se realiza, o evento “Futebol nas Gerais”.
O “Futebol nas Gerais” espera ser um espaço para aproximar estes olhares. Sejam todos bem vindos."

Outras informações no site:

http://futebolnasgerais.wordpress.com/

9 de agosto de 2011

Aproveitamento pós-Mineirão

A reportagem de André Cristino e Elton Lopes foi exibida no programa do dia 07 de agosto. Os números mostram a queda de rendimento de Cruzeiro, e principalmente Atlético, no Brasileirão, após o fechamento do Mineirão.




5 de agosto de 2011

Aprendizado



Aprendi que o jogo só acaba quando termina, mas às vezes dá a impressão que ele não tem fim.


Aprendi que o gênio joga 85 minutos para o time e 5 minutos para ele, embora o contrário seja mais frequente.


Aprendi que ídolos são eternos, mas algumas promessas também.


Aprendi que alguns jogadores chamam a bola de você, outros, de senhora.


Aprendi que, quando erra, o técnico é burro e quando acerta, é um burro com sorte.


Aprendi que um time pode ficar na história, mesmo sem ganhar nada.


Aprendi que pênalti bem batido é gol, por melhor que seja o goleiro.


Aprendi que sempre na derrota procuram um culpado, mesmo que ele não esteja em campo.


Aprendi que o juiz erra, mas às vezes, erra de propósito.


Aprendi que torcedor organizado virou profissão, mas o torcedor de verdade não se importa com isso.


Aprendi que existe jogador que não gosta de jogar bola, mas deve tudo a ela.


Aprendi que time virou empresa, muitas vezes, familiar.


Aprendi que existem heróis e vilões. E eles podem ser a mesma pessoa.


Aprendi que todo grande time começa por um grande goleiro, mas espere o apito final para elogiá-lo.


Aprendi que prestigiado não é um elogio, mas matador pode ser um.


Aprendi que as vitórias marcam, mas as derrotas duram para sempre.


Aprendi que a paixão aumenta, mas os estádios diminuem.


Aprendi também que você pode achar isso tudo uma grande bobagem.
Principalmente se seu time perdeu ontem.


Andre Fidusi é convidado do Meio-de-Campo neste blog.