Como prato principal você pode escolher entre famiglia Scolari e imbróglio Lazaroni. Como antepasto, uma entrada de mãos dadas, acompanhada de salada Parreira. A seleção de Dunga estava bem ali, no cardápio de um restaurante italiano na esquina, e ninguém viu. Mas todo mundo fez questão de dizer que já sabia.
Para entender a seleção de Dunga é preciso voltar no tempo: Imbróglio Lazaroni foi aquela seleção que fracassou em 90 pelos pés de um argentino chamado Caniggia. E que fique bem claro: fracassar no Brasil significa não ganhar a Copa. Ali nascia o espírito Dunga que, injustamente e por culpa da imprensa, virou símbolo de uma seleção derrotada.
Sua redenção veio 4 anos mais tarde, em 94, como capitão do tetra, quando entrava em campo segurando as mãozinhas suadas de Jorginho e Mauro Silva. Começava a surgir um Dunga que dava a vida pela pátria de chuteiras.
Foi este espírito de um abnegado que o transformou em técnico depois que, em 2006, a salada Parreira apodreceu.
Pela pátria Dunga contrariou grande parte da imprensa esportiva e da imprensa não esportiva também. E teve prazer em fazer isso.
Seguiu os passos de um outro gaúcho, Scolari, para montar não uma lista de jogadores, mas uma árvore genealógica. Sangue do meu sangue.
Pode dar certo, pode dar errado. Comentaristas detonaram, o Datafolha diz que o povo aprovou. O que só comprova a máxima: quem gosta de futebol bonito é jornalista o povo gosta é de taça.
Uma derrota , com certeza vai crucificar Dunga. O que não o deixará completamente triste. Afinal, mais uma vez, ele estará doando seu sangue á pátria.
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