1 de outubro de 2010

Sorte de uns, azar de outros!



Respondendo a uma pergunta sobre a sorte que o Cruzeiro tem dado com os argentinos, o técnico Cuca respondeu: “É bom ter sorte, só que é bom saber contratar, também! Não é todo argentino que é bom, tem uns que são ruins pra caramba.” O treinador arrancou risadas, mas provocou a reflexão. Será que contratações de estrangeiros, não só argentinos, tem sido tiro no escuro no futebol mineiro?
Se levarmos em consideração os últimos anos, salvo raríssimas exceções, parece que sim. Vejamos o Atlético, por exemplo, que já teve no gol, representantes como Ortiz e Mazurkiewicz, ídolos até hoje, e o lateral Cincunegui. Em 1994, trouxe o zagueiro Kanapkis, considerado, à época, um dos melhores da posição e que, depois de um clássico, até hoje procura o Ronaldo Fenômeno que o deixou sentado a beira do campo. Na esteira dele vieram Gutierrez, Lívio Prieto, Jonatan Fabro, Benitez, Renteria, Tripodi, Escobar, Pablito, Carini e por aí vai.
A torcida cruzeirense já teve o privilégio de ver Perfumo, Revétria, Forlan e o, último grande ídolo, Sorín. Entretanto, já teve de agüentar Viveros, Tápia, Guerrón, Espinoza, De La Cruz, Palácios, Maurício Ramos, entre outros.
Obviamente, ninguém contrata sabendo que vai dar errado. Mas, muitas vezes, a avaliação não é tão criteriosa. Com a força de empresários e da tecnologia é possível transformar, com edições mirabolantes, jogadores comuns em verdadeiros Pelés. Por isso, vimos tantos “gênios” em nossos gramados, recentemente.
Voltando a fala do Cuca, o Cruzeiro soube contratar, sim, mas que deu sorte, isso deu. Afinal, Montillo só veio porque outros dois estrangeiros, Riquelme e Valdívia não fecharam com o clube celeste. Sorte de uns, azar de outros!

Luciano Moreira é apresentador do Meio de Campo

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